terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Melhor dar certo na familia do que na profissão

Natal em família
Natal em família
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Fundar uma família e viver rodeado de pessoas amadas e que nos amam é a essência da realização pessoal para 26% (primeiro ponto) e 23% (segundo) dos franceses, segundo enquete da conceituada empresa Harris, noticiou “Le Fígaro” de Paris.  As percentagens são cumulativas atingindo quase 50%.

No que é que consiste o sucesso na vida?

Em fazer uma carreira brilhante?

Em achar um trabalho apaixonante?

Em ter uma conta bancária bem polpuda?

Nada disso.

A família e os amigos são os principais critérios de uma vida bem sucedida para um francês de cada dois.

Fundar uma família e viver rodeado de pessoas amadas e que nos amam é a essência da realização pessoal para mais de 49% dos franceses segundo o inquérito de numa base de 1501 franceses com 18 anos ou mais.

O sucesso tipo artista de cinema ou esportista da capa dos jornais jamais foi bem considerado numa França que contra todas as aparências continua subconscientemente impregnada pela mentalidade católica e que desconfia do dinheiro.

Só 12% dos consultados põe na frente ganhar bem e só 5% acha que o amor pela profissão seja uma medida da realização.

A vida profissional só é citada para dizer que deve estar a serviço da vida familiar. O equilíbrio entre as duas é muito prezado por 18% dos consultados.

Família francesa rezando na mesaSão muitos os franceses que acham que seus ordenados não são equitativos em relação a seu engajamento e que não recebem o reconhecimento que merecem.

Porém, a família é o refúgio tranquilizador nos tempos de crise malgrado aos indagadores nunca lhes ter ocorrido “considera-la como um critério de realização pessoal”, registrou Jean-Daniel Lévy, diretor do setor de política e opinião de Harris Interactive.

“Fazer carreira” é fonte de ansiedade e de críticas à vida profissional. “Isso explica os desejos de trocar por empregos aparentemente menos prometedores e menos remuneradores”.

Essa tendência põe no primeiro lugar a felicidade familiar, sobre tudo entre aqueles que já conseguiram reunir um certo pecúlio.

A propriedade privada vem logo a seguir, sobre tudo do lar. “O trabalho não é o ambiente onde as pessoas se sentem melhor interpretadas”, explica o sociólogo François de Singly.

“Após a ruptura de Maio 68, achava-se que a família tinha perdido sua centralidade, mas o fato é que ela triunfa hoje como o lugar privilegiado para as pessoas se expandirem como gostariam”.

Do ponto de vista econômico, a preocupação dominante é ganhar o necessário para viver, segundo 80% dos consultados.

Mas do ponto de vista das posses, o mais prezado é possuir o próprio lar. Essa posse é valorada como o símbolo de ter atingido um patrimônio financeiro importante, muito mais do que qualquer outro.



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