segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Cardeal Duka: “devemos lutar como na época do Concílio de Trento”

Cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga
Cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




O Cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga, defendeu taxativamente que “não há religião sem celibato” em entrevista ao Die Tagespost e reafirmou que não acredita que a admissão de mulheres ao sacerdócio possa resolver o problema da falta de vocações, citado por “Religión Digital”.

Observou que enquanto em seu país, a República Tcheca, médicos, advogados e psicólogos se manifestaram contra essa proposta, os teólogos não reagem como cristãos “corajosos”, mas como homens “acovardados” pela moda.

O Cardeal Duka tampouco acredita no valor dos apelos para democratizar a Igreja.

Em sua opinião, até o próprio o conceito de democracia hoje falsifica em seus fundamentos o conceito clássico original da democracia surgido na Grécia antiga.

Por isso, alertou, que a Igreja não muda com reformas políticas no papel, mas com a virtude dos santos. “Foram os homens e mulheres da época que renovaram a Igreja. também precisamos de homens e mulheres assim.”

E deixou bem claro a quem se referia dizendo: “Devemos voltar a lutar por nossa Civilização Cristã como fizemos no século XVI, na época do Concílio de Trento”.

Nessa perspectiva, o purpurado checo criticou respeitosa mas firmemente o papel que Roma está desempenhando no confronto cultural declarado contra a Igreja.

Segundo ele, o pontificado do Papa Francisco está “mais do que nunca preocupado com problemas técnicos e ecológicos”, para os quais não tem competência.

“Só podemos julgar as questões teológicas e éticas”, esclareceu sobre a missão que Jesus Cristo ordenou à Igreja e às suas autoridades, e não outras.

O Cardeal sustentou também firmemente que a “ideologia de gênero” é um grande perigo para a sociedade.

Ela faz parte de uma agressiva “revolução cultural” que procura a “destruição total de nossa identidade humana desde o início da concepção”.


segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Por amor ao Evangelho, Cardeal Müller pede ao Papa que condene os “casamentos” LGBT

O Cardeal Müller pediu ao Papa que por amor ao Evangelho condene a agenda LGBT
O Cardeal Müller pediu ao Papa que
por amor ao Evangelho condene a agenda LGBT.
Mas não foi ouvido.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






O cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, pediu ao Papa Francisco que corrija os clérigos alemães que tentam abençoar as uniões do mesmo sexo, ou as encorajam, segundo registrou a Agência Católica de Noticias ligada a EWTN.

“Pelo bem da verdade do Evangelho e da unidade da Igreja, disse,

“Roma não deve ficar em silêncio, esperando que os alemães possam ser pacificados com sutileza tática e pequenas concessões.

“Precisamos de uma declaração clara de princípios com consequências práticas para que o remanescente da Igreja Católica na Alemanha não se desintegre, com consequências devastadoras para a Igreja universal.

“O que estamos testemunhando é a negação herética da fé católica no sacramento do casamento”.

O Cardeal Müller lembrou que a Igreja de Roma tem primazia não tanto “por causa das prerrogativas da Cátedra de Pedro”, e certamente não como se seu “ocupante pudesse fazer o que bem entender”, mas principalmente “por causa do grave dever do papa, que lhe foi designado por Cristo, para guardar a unidade da igreja universal na fé revelada”.

Falando dos protestos orquestrados por padres e bispos na Alemanha em 10 de maio para abençoar casais do mesmo sexo e o ímpeto teológico por trás disso, ele disse que a diferença entre homens e mulheres expressa a vontade de Deus na criação.

O ex-prefeito da CDF chamou de “blasfêmia teologicamente falando” a “encenação de pseudobênçãos de casais homossexuais masculinos ou femininos”, citando as epístolas paulinas e joaninas, Gênesis, São Tomás de Aquino e Lumen gentium, a constituição dogmática do Vaticano II sobre a Igreja.

O denominado 'Sínodo alemão' virou uma assembleia revolucionária para aprovar a agenda LGBT
O denominado 'Sínodo alemão' virou
uma assembleia revolucionária para aprovar a agenda LGBT
A bênção nupcial “não pode ser separada de sua conexão específica com o sacramento do matrimônio e aplicada a uniões não casadas ou, pior, mal utilizada para justificar uniões pecaminosas”, escreveu o cardeal Müller.

“A declaração da Congregação para a Doutrina da Fé em 22 de fevereiro simplesmente expressou que a Igreja não tem autoridade para abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo”, disse ele. disse.

“Esses bispos e teólogos alemães tratam o povo como tolos; eles alegam ter um conhecimento exegético secreto que lhes permite interpretar versículos da Sagrada Escritura que condenam algo contrário à natureza como de alguma forma compatível com a afirmação de uniões do mesmo sexo”, prosseguiu.

Que bispos e teólogos estão insistindo na urgência de abençoar casais do mesmo sexo “é inacreditável”, comentou ele.

“Este fato mostra o quão baixo desceu o lençol freático dogmático, moral e litúrgico.”

A tentativa de bênção de casais do mesmo sexo é uma negação do sacramento do casamento, disse ainda.

E alertou para “uma nova paganização que é apenas levemente disfarçada sob roupas litúrgicas cristãs”.


A 'via sinodal' democrática e revolucionária blasfema contra a Igreja, diz o Cardel Muller
A 'via sinodal' democrática e revolucionária blasfema contra a Igreja, diz o Cardeal Muller
Ele observou que as críticas desse maus teólogos e bispos têm analogias com o pensamento do teórico nazista Alfred Rosenberg que na década de 1930 considerou a Igreja culpada por manter “a lei, a revelação e o credo como dogmaticamente superiores às necessidades vitais do povo alemão que luta pela liberdade interna e externa”.

A tentativa de abençoar as uniões do mesmo sexo põe em questão tanto a primazia petrina quanto “a autoridade da própria revelação de Deus”, disse ele.

“O que há de novo nesta teologia que retorna ao paganismo é sua insistência impertinente em se autodenominar católica. (...) Hoje nos dizem que reduzir as emissões de CO2 é mais importante do que evitar os pecados capitais que nos separam de Deus para sempre”.

A advertência do cardeal veio pouco antes de o arcebispo Samuel Aquila, de Denver, escrever uma carta aberta aos bispos do mundo sobre as visões “insustentáveis” da Igreja Católica apresentadas pelos bispos alemães.

O arcebispo Aquila advertiu que o primeiro texto da Igreja no caminho sinodal da Alemanha minimiza a Igreja como instrumento de salvação de Deus e ignora as tensões entre a missão da Igreja e as atitudes mundanas.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Basílica Vaticana: comunhão sacrílega para ativista do massacre dos inocentes

Nancy Pelosi pregadora da cultura da morte dos inocentes
Nancy Pelosi pregadora da cultura da morte dos inocentes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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webmaster de
diversos blogs






A ardida militante pelo massacre dos inocentes, a deputada democrata e porta-voz de seu partido no Congresso americano Nancy Pelosi comungou durante uma missa presidida pelo Papa Francisco desde um troneto.

A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA fora proibida de receber a comunhão na arquidiocese por seu apoio declarado ao direito ao aborto, por Mons. Salvatore Cordileone, arcebispo de São Francisco, diocese de origem de Pelosi, lembrou o site progressista “Crux”.

Pelosi foi admitida à liturgia da festa de São Pedro e São Paulo na Basílica de São Pedro.

Um dos sacerdotes celebrantes no lugar do Papa Francisco com problemas no joelho, lhe deu a Eucaristia como se São Paulo não tivesse ensinado “aquele que come e bebe sem discernir o Corpo come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,27-29).

O arcebispo de São Francisco, Mons. Cordileone comunicou sua decisão de impedi-la de receber a comunhão escrevendo:

“Depois de inúmeras tentativas de falar com ela para ajudá-la a entender o grave mal que está cometendo, o escândalo que está causando e o perigo alma que ela está arriscando, eu determinei que chegou ao ponto em que eu devo fazer uma declaração de que ela não é admitida na Sagrada Comunhão a menos e até que ela repudie publicamente seu apoio aos 'direitos' ao aborto e confesse e receba a absolvição por sua cooperação em este mal no sacramento da penitência”.

Papa Francisco e Nancy Pelosi previamente à comunhão sacrílega na missa de São Pedro e São Paulo, na Basílica Vaticana
Papa Francisco e Nancy Pelosi previamente à comunhão sacrílega
na missa de São Pedro e São Paulo, na Basílica Vaticana
A democrata da Califórnia tirou o corpo na época, dizendo que ela vem de uma família grande com muitos membros que se opõem ao aborto, mas no continuou promovendo o massacre dos inocentes e até ofendeu ao arcebispo acrescentando a bandeira da agenda LGBT:

“Respeito a opinião das pessoas sobre isso. Mas eu não respeito a gente impingindo isso aos outros. Nosso arcebispo tem sido veementemente contra os direitos LGBTQ. Na verdade, ele liderou uma iniciativa nas urnas na Califórnia.”

Pelosi também disse que as mulheres e as famílias precisam saber que isso é mais do que aborto: “Essas mesmas pessoas são contra a contracepção, o planejamento familiar, a fertilização in vitro. É uma coisa geral e eles usam o aborto como a proa para isso.”

Bispos dos EUA apoiaram publicamente a decisão de Dom Cordileone e outros estenderam a proibição de Pelosi receber a comunhão em suas dioceses.

Então, nenhum deles foi escolhido pelo Papa para cardeal no próximo consistório, considerando que o próprio arcebispo de São Francisco, tradicionalmente é elevado ao cardinalato.

Nancy Pelosi na missa São Pedro e São Paulo na basílica vaticana toma ares de inocência fingida
Nancy Pelosi na missa São Pedro e São Paulo na basílica vaticana
toma ares de inocência fingida
Muito pelo contrário, foi escolhido Dom Robert McElroy, bispo de San Diego, que é um dos prelados americanos que mais tem defendido dar comunhão a políticos católicos pró-aborto, registrou “Infocatólica”.

O Papa Francisco em 2021, em seu retorno a Roma da Eslováquia chegou a dizer que a Eucaristia é para aqueles que estão “na comunidade” e os políticos que apoiam o aborto estão “fora da comunidade”.

Mas quando a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA reunida se inclinou a promover uma pastoral contra dar a comunhão a políticos abortistas.

Essa incluiria ao presidente Biden e à própria Pelosi.

Porém, o cardeal Luis Ladaria, chefe do escritório de doutrina do Vaticano, os dissuadiu dessa única pastoral canonicamente legítima pela vida alegando, como representante do Papa Francisco, que poderia ser “uma fonte de discórdia em vez de unidade dentro do episcopado e a maior igreja nos Estados Unidos”.

Pelosi se dirige à profanação
Pelosi se dirige à profanação
Durante a homilia, o Papa Francisco teve palavras escorregadias e disse que a Igreja Católica deve ser um lugar onde “todos possam se sentir acolhidos e acompanhados”.

Na Basílica de São Pedro, Pelosi foi recebida pelo Papa Francisco antes da missa e recebeu uma bênção, de acordo com um dos participantes da missa, acrescentou “Clarín”.

O presidente Joe Biden, outro católico que apoia o direito ao aborto, contou após uma audiência com Francisco no ano passado que o pontífice lhe disse para continuar recebendo o sacramento.

Mais tarde, Biden recebeu a comunhão durante uma missa em uma igreja em Roma que está sob a autoridade do papa, que também atua como bispo de Roma.