terça-feira, 25 de agosto de 2015

Alunos de Oxford não abrem mão de uniforme académico semelhante ao fraque

Alunos querem o subfusc todos os dias em Oxford
Alunos querem o subfusc todos os dias em Oxford



Tradição é tradição e as novas gerações gostam dela.

Um fato característico aconteceu na Universidade de Oxford, Grã-Bretanha, fundada na Idade Média, onde nas ocasiões importantes os alunos usam obrigatoriamente o academic dress, e no quotidiano o subfusc, semelhante ao fraque.

O jornal dos estudantes The Oxford Student entrevistou os alunos sobre a oportunidade de abolir esse vestígio medieval, adaptado através dos séculos. Sete de cada dez responderam que não querem renunciar ao uniforme escuro tradicional.

Em 2006 um grupo tentou aboli-lo através de um referendo, mas a proposta foi recusada por 81% dos alunos.

Oxford é um laboratório do futuro, da modernidade e do progresso, mas continua sendo um zeloso cultor do antigo bom tom, comentou o jornal de Milão Il Corriere della Sera.

Chegaram o Facebook e o Twitter, e ainda continua chegando toda espécie de coisa moderna. Porém, o uniforme subfusc não é abandonado, seja por nostalgia, orgulho ou alegria.

Quem disse – pergunta  Il Corriere della Sera – que as novas gerações são alérgicas à tradição?

Os estudantes se mostram assim tradicionalistas, responde o jornal. E também revolucionários, porque hoje a tradição com raízes na Idade Média inverte as tendências.



O subfusc, derivado do termo latino subfuscus ou “escuro”, exigido pelo regulamento do prestigioso ateneu inglês, e o academic dress devem ser vestidos nas aulas, nos exames e nas defesas de tese.

Na Universidade de Oxford: uniforme acadêmico nas datas importantes.
Na Universidade de Oxford: uniforme acadêmico nas datas importantes.
Ele é o símbolo de pertencer a uma instituição onde se formaram 50 Prêmios Nobel, 126 ganhadores de medalhas olímpicas e 26 primeiros-ministros britânicos. Sem falar dos líderes internacionais, escritores, filósofos e poetas que ali estudaram.

Rapazes e moças devem, sem exceção, usar camisa branca e gravata borboleta, calça ou saia escura, paletó e meias de cor escura. Escuro significa preferencialmente negro e por isso evoca o fraque.

O jornal italiano observa que a Inglaterra foi berço de movimentos contestatários como a beat generation, ou modas vulgares e imorais como a mini-saia. Mas o subfusc se manteve firme, enfrentando toda contestação. E a tradição também.


Um comentário:

  1. A Inglaterra, com governo de sistema monárquico-parlamentarista, serve de exemplo para o seu povo. A maneira como a realeza, se comporta, é imitada e copiada de uma forma natural, Claro que sempre teremos os rebeldes geniais que empolgaram o mundo, como Wilde, como os intelectuais de Cambridge, cientistas e muitos outros. Mas o padrão de suas tradições ficaram firmes no comportamento reservado das elites, comportamento e etiquetas copiadas por todos, apesar das loucuras da Mary Quant (mini saias) , dos Beatles e de dezenas de outros grupos de comportamento exótico( Punks) ou Elton John, Rolling Stones (divulgadores das drogas) e outros cantores de hardrock. Sua cultura vindo da ralé contagiou a mocidade de mundo, mas suas classes altamente educadas não se deixaram contaminar e permaneceram como modelo até hoje. Podemos ver isso nos trajes dos jovens da Oxford. Aqui, nossos colégios não souberam manter a tradição (EM TUDO) com o nível educacional caindo, professores agredidos e des-respeitados , salários vergonhosos para educadores, e reitores complacentes e temerosos da midia esquerdista.

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