Ministra socialista Christiane Taubira foi encarregada de fazer passar o 'casamento igualitário' na base do rolo compressor |
Na Franca, o hallali é o grito ou o toque de trompa anunciando que o cervo está acuado. Pressagia a iminência do lance final da vénerie francesa não desprovido de riscos de reação do animal acuado.
A história conta também que em circunstâncias desesperadas, sentindo suas forças fraquejarem, chefes militares lançaram os restos de suas tropas num hallali final, apostando a tudo ou nada contra um antagonista acuado. Foi o sentido da ofensiva de Napoleão na Rússia, que deu em catástrofe.
Esta parece ter sido a opção do Partido Socialista francês em face de um país que lhe volta cada vez mais as costas.
O hallali socialista contra os restos de família, da moralidade e do catolicismo se fez sentir notadamente na imposição do “casamento” homossexual – “casamento para todos” ou “casamento” igualitário.
O revide dos franceses acuados consistiu em manifestações colossais e cada vez mais indignadas nas ruas de Paris, muitas cidades da França, embaixadas e consulados franceses até na remota Cabul.
Os franceses se sentem atropelados pelo socialismo |
Em janeiro de 2013 foram 800-900.000.
Em fevereiro de 2013, 1,4 milhão.
Em maio de 2013, com a lei aprovada, mais um milhão.
O político sagaz sabe que diante da indignação popular é o momento de contemporizar. Contrariar as multidões é garantir o enterro político num futuro não longínquo.
Mas o presidente François Hollande sentiu que só lhe restava tentar um hallali. Socialistas, “companheiros de viagem” comunistas, anarquistas e ambientalistas partiram, então, em ofensiva desesperada contra as famílias, na sua maioria católicas, que encheram o Champ de Mars ou a avenida de la Grande Armée em Paris, na Esplanade des Invalides e outras praças da França.
No Palácio Bourbon e no Luxembourg se galopou como poucas vezes: os prazos foram adiantados, simplificadas as discussões, e o projeto aprovado na cambulhada. Ainda terá que passar pelo crivo do Conselho Constitucional.
Nas ruas, milhares de jovens organizam manifestações espontâneas cheia de imaginação e iniciativa: os "Comité de Accueil" "acolhem" presidente, ministros, deputados e senadores onde quer que vão com vaias e os slogans "Hollande, ta loi, on n'en veut pas" ("Hollande, não queremos tua lei", ou "on ne lâche rien!" ("não afrouxamos nada!".
"Vigílias de oração" silenciosa e pacíficas se multiplicam nas noites em praças públicas e logradouros históricos de todo o país.
Ufania de ser católico dentro do camburão socialista |
A polícia os dispersou, como na Rússia soviética outrora. Mas episódios como esse inflamam a imaginação dos jovens católicos resistentes. E acabar no "panier à salade", o "camburão", não assusta mas parece um galardão.
Teria François Hollande – o “presidente normal”, como se fez apelidar –, descoberto em si qualidades insuspeitadas para ser o Napoleão do século XXI?
Ou o desespero tomou conta dele e dos adeptos do socialismo visceralmente inimigo da vida?
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