segunda-feira, 28 de outubro de 2024

50% dos jovens espanhóis não casará e metade divorciará

50% dos novos matrimônios espanhóis acabará em divorcio
50% dos novos matrimônios espanhóis acabará em divorcio
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Os costumes imorais, particularmente os que ferem a família, contra os quais Nossa Senhora veio advertir a humanidade em Fátima, estão produzindo em Espanha, e provavelmente no mundo, o colapso da nupcialidade.

Esse é especialmente grande no casamento na Igreja, onde hoje apenas há 20% dos que havia em 1976, quando o 99% se celebrava com as bênçãos da Igreja Católica, noticiou “Infocatَólica”.

A situação do sacramento do matrimônio na Espanha está pior do que na Itália, onde há cinco anos os casamentos civis vêm ultrapassando os religiosos.

Segundo o relatório ‘Transformação e crise da instituição matrimonial na Espanha’, elaborado pelo Observatório Demográfico CEU com dados oficiais espanhóis e europeus, a probabilidade teórica de casar antes dos 50 anos caiu de perto de 100% em 1976, para só 43% nos homens e para 47% das mulheres em 2019.

A imensa maioria dos espanhóis casou antes de ter 30 anos (85% dos homens e 90% das mulheres) na data de referencia; mas em 2022 despencou para 8% e 14%, respectivamente.

Papa Francisco banalizou, agilizou e generalizou a anulação de casamentos religiosos
Papa Francisco banalizou, agilizou e generalizou
a anulação de casamentos religiosos
A idade média do primeiro casamento aumentou mais de 10 anos entre 1976 e 2022, sendo os espanhóis os europeus que casam pela primeira vez em idade mais avançada, apenas superados pelos suecos.

A queda da taxa de casamentos por mil habitantes, somada à elevada taxa de divórcios, tem um obvio impacto negativo na fecundidade.

Os casais unidos na Igreja, na Espanha e em outros países, têm mais filhos do que os casais de fato ou as mães/pais solteiros.

Agigantou-se o número de crianças afetadas pela desagregação familiar sendo que mais de 10% dos bebes nascidos hoje em Espanha serão criados com um único progenitor.

Há perto de 2 milhões de crianças e jovens espanhóis que estão sendo criados sem os pais.

Em 3,6% dos nascimentos em 2022 não há pai.


Em 5% deles o pai reside num município diferente do da mãe na mesma província e em 1,9% residem numa província diferente da mãe.

No total, mais de 10% dos bebes espanhóis não vivem com o pai desde o nascimento. A percentagem de crianças nascidas de mães casadas também despencou.

Os bebes nascidos de mães solteiras representavam 53% em 2022, em comparação com apenas 2% em 1976.

O fenômeno não é exclusivamente espanhol, mas atinge grande parte do Ocidente.

Esvaziamento das igrejas com diminuição de fiéis, padres e sacramentos, está na base do fim dos casamentos ante a Igreja
Esvaziamento das igrejas com diminuição de fiéis, padres e sacramentos,
está na base do fim dos casamentos ante a Igreja
Outro estudo indica que na Grã-Bretanha o casamento está a desaparecer.

Na Alemanha há o mesmo número de casamentos hoje que no final da Primeira Guerra Mundial.

Na Hungria, entretanto, que adota uma política favorável à instituição familiar há um aumento das uniões núpcias.

E na Flórida (EUA), um programa para ajudar a superar crises conjugais levou a uma diminuição de 28% nos divórcios.

Este afundamento na dissolução dos costumes não fala bem da sorte do mundo. Isso ficou afirmado por Nossa Senhora em diversas ocasiões com os mais firmes termos.

Ela acenou os mais terríveis castigos que os homens atrairiam se continuavam no rumo da imoralidade imperante em 1917, por exemplo, ano em que Nossa Senhora falou em Fátima.


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Internet, desconexão social, pornografía e suicidio

O uso e abuso da vida virtual desconecta da realidade e fere as relações sociais e familiares
O uso e abuso da vida virtual desconecta da realidade
e fere as relações sociais e familiares
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Um em cada três meninos, meninas e adolescentes passam mais de seis horas presos diante das telas digitais. Alguns desenvolvem um vício e se isolam física e emocionalmente.

Outros podem perder o controle de seu comportamento, até mesmo praticando automutilação.

O jornalista espanhol Iñaki Gabilondo abordou o mundo privado de vários adolescentes para conhecer as suas experiências com redes sociais, jogos online e pornografia, segundo publicou em site.

Na Espanha, mais de 33% das crianças e adolescentes passam mais de seis horas em frente à tela.

O uso e abuso de jogos online e em smartphones, bem como a impossibilidade de controlar o seu consumo, mantém muitos deles presos nos escrivãs durante horas. Isso os desconecta da realidade e impacta negativamente suas relações sociais e familiares.

Raúl Molia, um jovem de 20 anos que atualmente sonha em trabalhar como engenheiro informático, estava prestes a ver os seus sonhos desaparecerem devido ao seu vício ... com os jogos online.

Meu vício começou há cerca de 7 anos porque eu não me sentia confortável em casa e não me adaptava às aulas, e encontrei refúgio na internet e nos jogos online. No início pensei que era normal, até que percebi que tinha um problema de dependência que estava a atrasar a minha vida acadêmica, social e familiar”, explica.

Agora ele é voluntário no centro que salvou a sua vida. “Acho que o episódio do vício está encerrado, mas tenho muita consciência se esqueço de dormir ou não cumpro com minhas responsabilidades porque estou jogando”.

75% das mulheres jovens sentem-se pior consigo mesmas depois de verem imagens “perfeitas” de outras mulheres

Esse vício “chega a tomar conta de quem sofre, ela perde a liberdade e deixa de controlar o que quer fazer”.

“O problema dos adolescentes escravos das telas também acontece entre os adultos, mas os mais novos sucumbem durante a fase da vida em que estão construindo sua personalidade”, diz María Rodríguez Domínguez, psicóloga sistêmica e especialista em vícios.

Na sua opinião, “as telas invadiram os cérebros [das vítimas do vício] desde muito jovens”, porque alguns pais o promoviam para se livrar do “peso” dos filhos.

Para cortar pela raiz o problema, o movimento Mobile Free Adolescência no WhatsApp proimove atrasar a entrega do primeiro smartphone aos mais pequenos e questiona a influência da tecnologia na formação da identidade, saúde mental e competências sociais da geração mais jovem.

“Quando criamos este grupo de WhatsApp, descobrimos que as tentativas de suicídio aumentaram, há mais cyberbullying, violência contra as mulheres, pornografia”, afirma Elisabet Rodríguez Permanyer, uma de suas idealizadoras.

Nos dormitórios das crianças e adolescentes que possuem smartphones a comunicação congela.

Rocío percebeu tarde os problemas que tinha sua filha Sandra, uma jovem que tentou suicídio quando tinha apenas 15 anos. “Ela se sentia incapaz de se socializar, se automutilou, parou de comer e passou horas trancada no quarto conectada à internet e redes sociais”, conta.

O Observatório do Suicídio na Espanha em 2022, considera que essa é a principal causa de morte em adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos.

Marina Gallego está convencida de que a dependência do computador é forjada na infância: “Crescemos com isso e internalizamos que, no tempo livre, a diversão está na tela, seja nas redes sociais, na internet ou assistindo vídeos”.

Ela também reconhece que os vídeos curtos do TikTok ou do Instagram são especialmente elaborados para não deixar você escapar.

Pediatras alertam para o atraso na fala em crianças menores de 3 anos devido ao uso de telas desde cedo

Hugo Romero acrescenta que quando muitos adolescentes ficam entediados encontram a solução no TikTok ou no Instagram. “Estamos continuamente superestimulados. Você sempre consegue o que quer ver e o que gosta. Eles te dominam e você deixa de controlar o tempo que passa cativo desses aplicativos.”

O acesso de crianças e adolescentes à pornografia ocorre em idades mais imaturas e mais de 40% dos adolescentes afirmam ter recebido mensagens de conteúdo sexual.

María Rodríguez Domínguez está pessimista. “A educação afetivo-sexual chega tarde, porque quando a ensinamos, muitas imagens do que a indústria pornográfica quer compartilhar já chegaram aos ouvidos, à visão e ao cérebro das crianças e adolescentes e começam a condicioná-los.”


segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Especialistas franceses pedem restringir celulares para os menores

Smartphones destroem a formação das crianças
Smartphones destroem a formação das crianças
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Nenhuma criança francesa poderá usar celular antes dos 11 anos e não terá acesso às redes sociais até os 15.

O governo da França motivou a decisão na vontade de protegê-las das más consequências danosas verificadas pelos cientistas, informou “Clarín”.

Especialistas entregaram um relatório de 125 páginas ao Presidente da República, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, alertando para os perigos que o acesso precoce implica para as crianças, os seus hábitos sociais, a violência multiplicada, o abandono da leitura, a obesidade patológica, e a perda da sociabilidade.

Atualmente na França é proibido o uso de dispositivos LCD nas escolas e universidades, mas apenas para os estudantes.

O pessoal de gestão, bem como as equipes educativas estão obrigados a dar o exemplo de uma utilização razoável dos seus dispositivos de comunicação, para que os alunos compreendam a medida e aprendam a usá-los bem.

O referido relatório pericial recomenda proibir o uso de telas para crianças menores de três anos e de telefones celulares para menores de 11 anos.

Também limita estritamente o acesso aos adolescentes. Foi entregue ao governo francês em 29 de abril de 2024.

Técnicas desenvolvidas para capturar a mente das crianças
Técnicas desenvolvidas para capturar a mente das crianças
No estudo, os autores especialistas informaram Emmanuel Macron sobre os danos da exposição das crianças às telas e às redes sociais. Eles falam da “hiperconexão que as crianças vivenciam”.

O trabalho é assinado por uma comissão de dez especialistas co-presididos pelo neurologista Servane Mouton e pela psiquiatra de dependência química (drogas) Amine Benyamina.

Sem desconhecer os fatores positivos das tecnologias digitais quando usadas com moderação, o estudo reconhece que “como tudo o que é moldado pelo homem, a tecnologia também tem a capacidade de ser usada para confinar, alienar e subjugar crianças”, adverte o preâmbulo do relatório.

Após três meses de trabalho, a Comissão ficou convencida de que “era necessário adotar um discurso de verdade para descrever a realidade da hiperconexão que as crianças vivenciam e as consequências para a sua saúde, o seu desenvolvimento, o seu futuro e também para o nosso futuro. A da nossa sociedade, a da nossa civilização e talvez até a da nossa humanidade”, continuaram.

A Comissão ficou chocada com as estratégias para captar a atenção das crianças, para prender as crianças aos seus ecrãs, controlá-las, reengajá-las e monetizá-las”, estratégias essas desenvolvidas pelas Big Techs donas das redes sociais.

Nossos filhos viraram mercadoria, é o novo eixo de desenvolvimento de algumas empresas digitais. Queremos dizer-lhes que os vimos e que não podemos permitir que façam isso”, continuaram.

Cessa o relacionamento e a sociabilização
Cessa o relacionamento e a sociabilização
“Esta migração da realidade para a virtualidade, é muitas vezes sem os pais e sem qualquer tipo de segurança. Devemos apoiá-los melhor, protegê-los melhor, devolver-lhes o seu lugar”, acrescentam.

As crianças precisam brincar, precisam que os adultos esqueçam o celular para terem tempo livre.

“Eles precisam interagir com os adultos e encontrá-los disponíveis, em casa, nos parques, durante as suas atividades, nas cidades e no campo”, escreveram.

“Perante a mercantilização das nossas crianças, a Comissão propõe recuperar o controle dos ecrãs, devolver as crianças ao centro da nossa sociedade e permitir-lhes crescer e ter sucesso em total liberdade. O que torna uma nação rica é a sua juventude, e a nossa não está à venda”, concluíram.

A saneadora proposta da Comissão não é fruto de um grupo mas de uma opinião geral entre os educadores, médicos e sociólogos.

Surgiu um consenso muito claro sobre os efeitos negativos, diretos e indiretos, dos ecrãs, particularmente no sono, no sedentarismo ou mesmo na miopia”, afirma o relatório.

O trabalho foca os danos das redes sociais ao equilíbrio psicológico dos jovens, em particular nos riscos de depressão ou ansiedade.

“O nível de exposição das crianças” a conteúdos pornográficos e violentos “parece alarmante”, e esse é outro mal para o qual alertam os especialistas.

As crianças menores de três anos não podem ter contado com as telas eletrônicas. Posteriormente, entre os três e os seis anos, deve se proceder a um acesso “muito limitado”, “com conteúdos educativos de qualidade e acompanhados por um adulto”.

Os especialistas apelam ainda a “limitar ao máximo” o uso desses eletrônicos e das televisões nas maternidades, recomendam proibi-lo em creches e salas de aula infantis e pedem “ações reforçadas” interditar brinquedos conectados antes dos seis anos de idade.

O uso dos celulares deveria começar a partir dos 11 anos, apenas da função de telefone sem internet.

A partir dos 13 anos poderia se dar um smartphone sem acesso às redes sociais.

O acesso deveria se iniciar a partir dos 15 anos, nas redes “éticas”.

Redes sociais como TikTok, Instagram ou Snapchat não são recomendadas antes dos 18 anos
.

Hoje, jovens de 7 a 19 anos passam dez vezes mais tempo em frente às telas do que lendo.

Os especialistas pedem combater os “serviços predatórios” dos agentes econômicos, e “investir maciçamente em verdadeiras 'alternativas' aos ecrãs”, como o esporte.


segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Zuckerberg pede perdão pelos efeitos nocivos das redes sociais

Zuckerberg pede perdão pelos danos causados. Pais mostram fotos dos filhos vitimados
Zuckerberg pede perdão pelos danos causados. Pais mostram fotos dos filhos vitimados
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Predadores sexuais. Recursos viciantes. Automutilação e transtornos alimentares. Padrões de beleza irrealistas. Assédio.

Esses são apenas alguns dos problemas que os jovens enfrentam nas redes sociais, e os defensores das crianças e os legisladores dizem que as empresas não estão a fazer o suficiente para protegê-los.

Durante uma histórica audiência no Senado dos EUA, o CEO da Meta (Facebook, Whatsapp, Instagram e outras), Mark Zuckerberg, pediu desculpas às famílias pelos males que a mídia social vem causando para às crianças, informou “La Nación”.

A comissão de inquérito exibiu um vídeo em que apareciam crianças vítimas de bullying nas plataformas de redes sociais.

Senadores contaram histórias de jovens que tiraram a própria vida após serem extorquidos por dinheiro após compartilharem fotos com predadores sexuais.

Sob pressão da comissão de senadores que o interrogava, Zuckerberg se levantou e se dirigiu às famílias que seguravam fotos de seus filhos prejudicados pelas redes sociais.

“Gostaria agora de pedir desculpas às vítimas que foram prejudicadas pelo seu produto?”, perguntou o senador Hawley, observando que a audiência foi transmitida ao vivo pela televisão.

No momento em que Zuckerberg se levantou e pediu desculpas para as famílias disse:

“Sinto muito por tudo que vocês passaram.

“Ninguém deveria ter que passar pelas coisas que suas famílias sofreram e é por isso que investimos tanto e continuaremos a fazer esforços em toda a indústria para garantir que ninguém tenha que passar pelas coisas que suas famílias tiveram. Sofrer”, disse ele.

O senador Hawley criticou agressivamente Zuckerberg durante uma troca verbal polêmica.

“Seu produto está matando pessoas”, disse senador a Zuckerberg, cuja empresa é proprietária das plataformas de mídia social Facebook e Instagram, entre outros.


Momentos da agitada sessão no Senado americano





segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Piora a saúde mental dos jovens em famílias mal constituídas

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A revista científica PNAS estudou 27.572 pessoas na Austrália e detectou a piora da saúde mental dos mais jovens, noticiou “La Nación”.

Os autores do trabalho, liderado por Richard Morris, da Universidade de Sidney, constataram que a má saúde mental vai se tornando mais frequente entre os nascidos desde o fim da década de 1980.

A tendência à degradação mental das gerações australianas mais jovens coincide com os resultados observados em outros países do mundo todo.

Nos EUA, os dados de 2010 a 2017, mostraram maiores níveis de ansiedade e de suicídio entre os nascidos nos anos 80 e 90 do século passado.

No Reino Unido, os sintomas depressivos também ficaram mais comuns entre adolescentes nascidos na década de 2000 do que nas pessoas nascidas na década anterior.

Outro estudo que fez a comparação com alemães nascidos após a Segunda Guerra Mundial e até 1975, também registrou aumento dos sintomas depressivos nas atuais gerações mais jovens.

A causa não está relacionada com a economia.

Os grupos estudados cresceram em tempos econômicos favoráveis quando o consumo de álcool, tabaco ou drogas estava a diminuir, afirmam os autores.

Entre os australianos, os transtornos mentais e comportamentais coletados mostram um aumento de 9,6% em 2001 para aqueles com mais de 15 anos de idade. A percentagem sobe para 20,1% em 2018 e 21,4% em 2021.

Dados semelhantes são encontrados na maioria dos países da OCDE, considerados os mais ricos do planeta, embora haja exceções como no Canadá.

“Os nascidos na década de 90 têm uma saúde mental pior para a sua idade do que qualquer uma das gerações anteriores e que não apresentam melhorias à medida que envelhecem”, explica Richard Morris, da Universidade de Sidney.

O declínio começou a ser percebido a partir de 2010 e impactou também os nascidos na década de 1980 e, em menor proporção, os nascidos na década de 70.

José Luis Ayuso Mateos, professor de psiquiatria da Universidade Autônoma de Madri, afirma que “na prática clínica observamos um aumento muito acentuado dos problemas de saúde mental e da necessidade de assistência”.


Ayuso Mateos aponta “o efeito negativo do excesso de exposição às redes sociais, mais frequente nos mais jovens”.

Mas há outros fatores de degradação como o desmanche da “coesão social” que se verifica até na escola com “problemas como a burla sistemática que as crianças podem fazer a um colega (bullying), que impactam a saúde mental”.

Para Morris, que está penetrado de mentalidade materialista, “as preocupações financeiras devem estar alinhadas com a saúde mental” ou “mais rico é mais saudável”, mas isso não se dá. Então para ele, é uma surpresa que a causa não seja o dinheiro.

Então reconhece que é preciso “olhar mais para a família e as relações sociais” que são as que melhoram o sentimento de felicidade de que os alunos sentem mais a falta.

A carência de um desses fatores pode ser a causa da doença mental, especialmente entre os mais jovens.

Focando mais na família se poderia obter um melhor reconhecimento dos problemas de saúde mental que se exprimem com maior frequência nas sondagens.


segunda-feira, 22 de julho de 2024

Japão de passado militar fica sem jovens e sem soldados

Navio de guerra japonés supermoderno acabou parado porque não há jovens na Marinha para tripulá-lo
Navio de guerra japonês supermoderno acabou parado
porque não há jovens na Marinha para tripulá-lo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Como o controle da natalidade e o pacifismo podem desfazer um povo? O Japão está dando um exemplo horroroso disso. Ele é um povo que, para bem ou para mal, mostrou ser guerreiro e militarista.

Em 2021 botou no mar a moderna fragata Noshiro, orgulho da Marinha japonesa equipada com mísseis antinavio e sonares de rastreamento submarino.

Seu planejamento não imaginou que o país não teria suficientes marinheiros para fazer navegar essa joia da tecnologia naval militar, segundo explicou o “The New York Times”.

A fragata foi planejada para combater com cerca de dois terços da tripulação que era necessária para o modelo que a antecedeu.

Então, mas hoje ela tem uma dotação inferior ao nível minimalista prevista, e vai ao mar até com menos marinheiros do que precisa.

Tarefas anteriormente efetivadas por sete ou oito marinheiros ficaram para três ou quatro.

O enfermeiro do navio lava a louça e a cozinha. E foram montados dispositivos de combate a incêndios para compensar a falta de tripulantes a bordo em caso de incêndios no mar.

“Para ser honesto, uma pessoa está realizando duas ou três tarefas diferentes”, explicou o capitão Yoshihiro Iwata, no porto de Sasebo, no sudoeste do Japão.

A cidade de Ichinono encheu locais públicos com manequins para fingir que tem crianças
O caso da Noshiro reflete a grave depressão demográfica do Japão. Nunca o país esteve tão ameaçado com ações navais tão provocativas pela China e pelo crescente arsenal nuclear da Coreia do Norte.

Porém, o Ocidente precisa que o Japão seja uma garantia confiável para conter o expansionismo da China.

O Japão tem o terceiro maior orçamento de defesa no mundo.

Mas a população encolhe, perto de um terço dos japoneses tem mais de 65 anos, e no ano passado os nascimentos caíram ao menor nível já registrado.

As Forças Armadas temem não serem capazes de reunir contingente para operar frotas e preencher os postos nos esquadrões do Exército.

O Exército, a Marinha e a Força Aérea do Japão há anos que não atingem as metas de recrutamento, e o número de militares na ativa — cerca de 247 mil — é quase 10% mais baixo que em 1990.

O Japão aumentou seu orçamento de defesa e os investimentos em equipamentos militares, além de acelerar os exercícios militares com os EUA.

O Japão precisa de novos batalhões habilidosos em tecnologia para operar equipamentos sofisticados, guiar drones ou proteger o país de ciberataques.

Acresce que no império do sol nascente, o pacifismo pregado a todos os níveis, desarmou psicologicamente à população. Essa acabou se opondo à aquisição de mísseis.

Mas, agora, está se vendo que a China é uma ameaça muito real, e isso reanima o militarismo.

Controle da natalidade gerou crise demográfica que afeta até as Forças Armadas
Controle da natalidade gerou crise demográfica que afeta até as Forças Armadas
A nova tendência, contudo, não se traduz em um aumento no alistamento às Forças de Autodefesa do Japão, as Forças Armadas japonesas.

O general Yoshihide Yoshida, chefe do Estado Maior Conjunto do Japão, reconheceu que “estamos enfrentando enormes dificuldades no recrutamento” e propõe aumentar a proporção de mulheres até 2030.

As forças armadas tentam atrair mulheres e recrutas com mais idade, priorizando a na burocracia e assim permitir que os uniformados homens jovens possam ser transferidos a postos de combate.

Mas, não é só questão de número. A guerra moderna demanda capacidades de alto nível para operar armamentos e equipamentos de vigilância avançados.

Acontece que o Japão desmilitarizado ficou atrás de seus aliados em termos de proteção contra a guerra cibernética.

“Não existe nenhuma estrutura militar para defender os cidadãos japoneses contra ciberataques”, afirmou o cientista de computação Hideto Tomabechi, pesquisador da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh.

O governo quer expandir sua força militar cibernética para até 4 mil agentes, porém muitos japoneses acreditam que o poder informático militar possa invadir sua privacidade.

“Há muita preocupação sobre o governo ser capaz de vigiar todos os e-mails, dados e buscas na internet dos cidadãos privados”, afirmou o ex-ministro da Defesa Itsunori Onodera.

Japão precisa soldados e recorre a mulheres e idosos
Japão precisa soldados e recorre a mulheres e idosos
O general Yoshida deu a entender que seria preciso oferecer salários mais altos ou alojamentos melhores.

Recrutadores da Marinha, por exemplo, têm dificuldades em atrair candidatos. Os marinheiros americanos, em contraste, conseguem acessar suas redes sociais e em certas ocasiões até receber encomendas da Amazon a bordo.

Algumas táticas de recrutamento fracassaram, como foi o thriller The Silent Service, ambientado em um submarino nuclear, que procurava atrair candidatos com essa peças publicitária.

Esse leque de fatores põe em dúvida que o Japão possa barrar eficazmente a agressão chinesa comunista que vai se adensando no horizonte.


segunda-feira, 24 de junho de 2024

Aborto é primeira causa de morte no mundo

Os soldados americanos tiveram repouso digno enquanto as crianças abortadas vão para trituradoras ou lixo hospitalar.
Os soldados americanos tiveram repouso digno
enquanto as crianças abortadas vão para trituradoras ou lixo hospitalar.
Luis Dufaur
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O aborto é o maior genocídio da história com o agravante de ser praticado contra os seres humanos mais inocentes e indefesos, de acordo com o Worldometer, uma fonte apartidária que rastreia e avalia estatísticas em tempo real sobre uma ampla variedade de tópicos, com base em dados das Nações Unidas, da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros.

Esse sinistro recorde de mortes no mundo foi batido pelo aborto por quinto ano consecutivo.

Nos EUA esse horrendo e covarde crime deixou de ser um direito constitucional, mas passou a sê-lo na Constituição na França outrora conhecida como “Filha primogênita da Igreja”, observou “Infovaticana”.

Não houve guerras, doenças ou pragas, nem mesmo o Covid 19, que fossem mais mortíferas.

Esse genocídio é praticado no mundo inteiro de forma ostensiva e deliberada sob o amparo de leis anticristãs, no seio das sociedades e de forma ‘legal’, exclamou “Infovaticana”.

No ano de 2023 esse cruel extermínio de vítimas indefesas no grembo materno atingiu mais de 44,6 milhões em toda a Terra.

Esse total superou ao total de mortes atribuídas às sete outras maiores causas de decessos somadas: doenças transmissíveis, cancro, tabagismo, consumo de álcool, VIH/SIDA, acidentes de viação e suicídio.

“O Worldometer avaliou o total de mortes em 2023 em mais de 60,6 milhões” sem considerar o aborto, observou o “Christian Post”.

Se houvesse contabilizado o aborto nas estatísticas, as mortes do ano passado teriam ultrapassado os 100 milhões e os abortos teriam representado mais de 40% delas”, acrescentou.

Macron incluiu aborto como direito na Constituição, em continuidade com a Revolução Francesa
Macron incluiu aborto como direito na Constituição, em coerência com a Revolução Francesa
No espírito da “Liberté-Égalité-Fraternité” da Revolução Francesa, 267 senadores referendaram o texto dos deputados da Assembleia Nacional. Apenas 50 senadores votou contra.

A Constituição hoje tinta de sangue exige para ser reformada um Congresso conjunto de deputados e senadores o qual ratificou a iníqua decisão garantindo a maioria de três quintos dos votos, noticiou “Infocatólica”.

Na França, o aborto é legal desde 1975, pela lei promovida por Simone Veil, uma figura política chave da direita francesa.

O atual presidente Emmanuel Macron, também tido artificiosamente como referência por certas direitas políticas da Europa toda, havia prometido: “comprometi-me a tornar irreversível a liberdade das mulheres de recorrer à interrupção voluntária da gravidez, inscrevendo-a na Constituição. O Senado deu um passo decisivo”, disse ele na rede social X.

As alterações propostas ao injusto texto não foram aprovadas, nem mesmo uma cláusula de objeção de consciência para o pessoal médico.

O Ministro da Justiça francês Éric Dupont-Moretti também exultou: “Esta é uma votação histórica. Seremos o primeiro país do mundo a inscrever na Constituição esta liberdade das mulheres de disporem dos seus corpos”.

O ministro da Justiça achou “necessário” a inclusão do aborto na Lei Fundamental para que “no futuro nenhuma maioria possa questioná-lo”.

Ele lembrou os casos da Hungria e da Polônia, onde certos partidos restringiram esse assassinato “legal”.

O ministro e seus sequazes políticos desde a extrema direita até a extrema esquerda quiseram impedir que no futuro possa se dar uma reversão democrática.

De momento, isso hoje parece remoto pela cumplicidade de políticos atuais tidos como muito conservadores na França.

Porém ele não explicou por que é improvável que num futuro seja escolhida uma maioria de deputados e senadores que anule o perverso novo artigo hoje introduzido na Constituição.

Aliás, ela é uma das muitas que vem sendo trocadas desde 1789.