segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Paris: recorde de participantes na Marcha pela Vida 2012



O apoio à Marcha pela Vida 2012 em Paris não teve precedentes. A “guerra dos números” oscilou entre 7.000 e 40.000, segundo as fontes. Porém, para as estimativas ponderadas, a participação, já nutrida do ano passado, neste ano foi duplicada em número e entusiasmo.

No dia 8 de janeiro, a passeata – composta majoritariamente por jovens – partiu da central Place de la République em direção à Opera, percorrendo famosos bulevares parisienses.

Os organizadores aguardam que com a crescente manifestação de força dos defensores da vida, os políticos não finjam ignorar o tema nos debates eleitorais.

Um dos sinais mais esperançosos deste ano foi o aumento da participação no evento dos bispos católicos, ainda propensos ao “progressismo” e relutantes em se opor à Revolução Cultural.

Segundo a agência canadense LifeSiteNews, a maior surpresa foi a reviravolta do cardeal arcebispo de Paris, D. André Vingt-Trois, que em 2009 se dissociou publicamente da Marcha. Ele chegou então a declarar na Rádio Notre-Dame, pertencente à arquidiocese: “Eu não acho que se deva gritar aos quatro ventos”. Como se Jesus Cristo não tivesse ordenado aos cristãos de “pregar o Evangelho de cima dos telhados” (cfr. Mat, 10, 26-27).

Em novembro, falando diante da plenária do episcopado francês, o Cardeal Vingt-Trois qualificou a Marcha pela Vida como “um dos meios de ação que os cristãos têm para escolher”. Algo muito pobre diante da magnitude do massacre dos inocentes, mas que já foi algo na linha da inversão percebida.

Veja vídeo
Marcha pela Vida
Paris 2012
Segundo a agência canadense, a pressão crescente de católicos pela vida fez com que 32 bispos apoiassem a Marcha. O Cardeal Barbarin – Arcebispo de Lyon e Primaz da França – mandou sua bênção, e três bispos participaram pessoalmente da marcha. Também foi sem precedentes e de muito peso a participação de jovens sacerdotes de Paris e de todo país.

Os jovens que animavam a Marcha ainda não haviam nascido quando foi aprovada a lei do aborto em 1975, época em que por esses mesmos bulevares desfilavam passeatas feministas. Estas hoje estão quase desaparecidas da rua, mas ocupam posições nos governos, na mídia e nos partidos de diversas tendências. Sobretudo nos ecologistas e de esquerda.

Os protestos visavam também à eutanásia e às ações anti-familiares do governo francês – como a distribuição gratuita de preservativos nas escolas secundárias, reembolso pela Segurança Social da pílula do dia seguinte, o favorecimento da “ideologia de gênero” nas escolas públicas e o “casamento” homossexual.

Mais de 220.000 abortos legais são realizados anualmente na França e os números estão crescendo. É urgente fazer cessar esse massacre, e tanto os jovens como as famílias francesas o estão dizendo cada vez mais desinibida e corajosamente. Paris está sendo o palco privilegiado para essa reação católica na Europa.

Video: Marcha pela Vida, Paris 2012





domingo, 15 de janeiro de 2012

Bispos nigerianos em favor da punição do “casamento” homossexual. E a CNBB?

Bispos nigerianos veneram túmulo de São Paulo em Roma
A Conferência Nacional dos Bispos da Nigéria elogiou a aprovação pelo Senado do país de projeto tornando ilegais as “uniões de casais do mesmo sexo” e as manifestações públicas de homossexualidade. Para os bispos, a decisão dos senadores foi “corajosa e promotora de esperança”.

Aprovada em 29 de novembro, a lei suscitou uma tempestade de queixas e ameaças partidas de chefes de Estado estrangeiros, como o primeiro-ministro inglês David Cameron e do Obama.

Em 7 de dezembro, a Conferência Episcopal da Nigéria emitiu declaração dizendo: “Queremos apoiar firmemente a proibição da união do mesmo sexo como expressão ao mesmo tempo de nossos valores culturais nigerianos e de nossas crenças religiosas enquanto cristãos”.

Igreja catolica em Lagos
Também a declaração episcopal causou mal-estar no exterior e até entre proeminentes bispos católicos. Entre estes, a agência LifeSiteNews cita o arcebispo de Westminster, Inglaterra, Mons. Vincent Nichols, que se manifestou num sentido favorável a essas uniões sodomíticas.

Os bispos nigerianos insistiram em que a proibição de atos públicos de “afeto” homossexuais é “essencial para a saúde moral do país”. “Muito longe de ser uma negação de um direito fundamental de alguns nigerianos que adotem essas condutas, a proibição protege nossa sociedade da usurpação de seu direito à saúde moral e à decência cultural”, explicaram.

Os bispos estão bem conscientes de que a “Nigéria de fato foi interpelada diretamente por alguns países ocidentais para reverter essa decisão sob pena de perder certas ajudas e apoios”.

A coragem do povo nigeriano, manifestada por seus legisladores e bispos, enfrentou as pressões da Inglaterra, Canadá e outros países “civilizados” que exigem dos países africanos rescindir suas leis pela família.

Atentados islamicos nao intimidam catolicos, Natal 2011
A lei ainda deve voltar à Câmara e ser assinada pelo presidente Goodluck Jonathan. Daí a importância das pressões externas, pois os legisladores nigerianos defendem o pensamento e os costumes dos eleitores massivamente contrários a uma união contrária à Lei de Deus e da Ordem Natural.

Os prelados acrescentaram: “Declaramos que país algum tem o direito de impor a outro, normas que visam subverter nossos valores culturais e sociais só para satisfazer a exóticos desejos e tendências de alguns poucos”.

Leia a íntegra (em inglês) da declaração da Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria aqui.

Quando é que a CNBB assumirá uma posição clara e corajosa contra a imposição das práticas homossexuais no Brasil, comparável pelo menos à dos dignos prelados nigerianos?

Há muito o Brasil aguarda... Até quando?