Luzes de origem magnética iluminaram assustadoramente o céu do México no dia da aprovação do aborto |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Suprema Corte de Justiça do México descriminalizou o aborto, decisão considerada histórica por juízes ideologizados e feministas. A decisão não torna legal a interrupção da gravidez, mas abre as portas para esse crime, informou “El Universal” do México.
Por sua vez, o ator Eduardo Verástegui expressou no Twitter sua insatisfação pagando o preço de ataques, mensagens críticas e memes pelas redes sociais, por parte de ativistas da morte.
Aconteceu que na noite do dia que foi aprovada a medida contra a vida, no país se registrou um terremoto e tempestades em vários estados e Verástegui atribuiu as calamidades à descriminalização do aborto.
·Hoje o México chora. Hoje o México treme. Chove incontrolavelmente em várias partes do país, e a terra range.
Católicos mexicanos rezam diante da Suprema Corte para que não seja aprovado o aborto |
Em outra mensagem, Verástegui considera que os bebês no México são condenados à morte por causa do Ministro da Justiça e que este governo deixa um legado sangrento.
“Milhares de bebês mexicanos foram condenados à morte. Porque ao descriminalizar o aborto em todo o México, a mensagem dos irresponsáveis ministros da Justiça é: ‘Vá em frente, você pode matar seus bebês agora!’ A este governo, o povo cobrará caro por este legado sangrento”.
Embora alguns internautas concordassem com sua opinião, muitos outros criticaram que o ator descreveu os fenômenos naturais como uma punição para a descriminalização do aborto; os memes sobre isso foram imediatos.
A suprema corte aprovou por unanimidade a anulação de vários artigos de uma lei no estado de Coahuila, no norte do país, onde o aborto é considerado crime e tanto as mulheres quanto as pessoas que poderiam ajudá-las são criminalizadas.
A decisão do tribunal afetará imediatamente aquele estado.
Mas estabelece um importante “critério obrigatório para todos os juízes do país” que devem atuar no mesmo sentido se tiverem que decidir sobre um caso de aborto, disse o presidente do o Tribunal, Arturo Zaldívar.
“A partir de agora não será possível, sem violar os critérios do Tribunal e da Constituição, processar qualquer mulher que faça um aborto nos casos que este tribunal considerou válidos”, acrescentou Zaldívar.
A descriminalização afetará a interrupção da gravidez em até 12 semanas, período em que o aborto é permitido nos quatro estados em que essa prática é legal: Cidade do México, Oaxaca, Veracruz e Hidalgo.
Nos restantes 28 estados, ainda é penalizado, exceto em caso de estupro, e algumas regiões também permitem quando a saúde da mãe está em perigo.