segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Suprema Corte de Massachusetts: não há direito ao suicídio assistido

9.	Suprema Corte de Massachusetts
Suprema Corte de Massachusetts: não há direito ao suicídio assistido
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Em 19 de dezembro de 2022, a Suprema Corte de Massachusetts, EUA, assentou que não há direito ao suicídio assistido e que, portanto, é constitucional a lei que proíbe tal conduta, noticiou “Infocatólica”.

A sentencia resultou de um processo aberto por um médico aposentado diagnosticado com câncer de próstata metastático e um médico em Falmouth que atende pacientes em fim de vida.

Eles pediram que os médicos que praticam a eutanásia sejam declarados que não violam a lei criminal de Massachusetts ou que é inconstitucional aplicar a lei criminal de Massachusetts quando a medicina ajuda em casos de morte.

Além disso, solicitaram uma cautelar para que os médicos que ajudam pacientes a morrer a seu pedido não sejam perseguidos.

O Tribunal rejeitou a alegação dos requerentes, definindo que não há direito ao suicídio assistido.

A Corte sublinhou ser inquestionável que, ao longo de sua história, a sociedade americana nunca considerou o suicídio como um direito individual.

Pelo contrário, as nações da Commonwealth e os EUA sempre trataram o suicídio como um problema que deve ser prevenido e remediado.

Portanto, não se pode argumentar que o suicídio em geral, e a assistência médica ao suicídio em particular, podem ser considerados um direito sob a Declaração de Direitos de Massachusetts.

Além disso, para a Corte não existem precedentes modernos que sustentem o suicídio como um direito.

O Tribunal também que a lei que pune o homicídio seja inconstitucional devido à sua imprecisão sobre a assistência médica ao suicídio.

Em síntese, a Corte julgou que “a aplicação da lei do homicídio à assistência médica ao suicídio passa no teste de constitucionalidade porque a lei está razoavelmente vinculada aos legítimos interesses do Estado em preservar a vida, prevenir o suicídio, proteger a integridade da profissão médica, garantir que todas as decisões de fim de vida sejam informadas, voluntárias e racionais e proteger as pessoas vulneráveis da indiferença, preconceito e pressões psicológicas e financeiras para acabar com suas vidas”.

Chris Schandevel, advogado da Alliance Defending Freedom (ADF), argumentou que o suicídio assistido por médicos degrada radicalmente a prática da medicina.

Os pacientes precisam ser capazes de confiar em seus médicos para apoiá-los e cuidar deles. Oferecer a morte de pacientes terminais por meio de drogas como um sucesso rápido destrói essa confiança, disse.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Padre francês punido por dizer que o aborto matou mais que a I Guerra Mundial

O padre François Schneider ficou proibido
O padre François Schneider ficou proibido
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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O padre François Schneider ficou proibido de celebrar missas públicas por quatro semanas. Por qual crime? 

A absurda repressão foi por ter declarado que o aborto matou mais seres humanos do que a Primeira Guerra Mundial.

O padre François é um o ancião responsável por 17 paróquias no leste da França, mas foi punido pela audácia de ter dito a verdade noticiou “Infovaticana”.

O padre François Schneider fez a polêmica declaração em sua homilia na missa comemorativa do Dia do Armistício em 11 de novembro na pequena cidade de Bertrimoutier (307 habitantes), perto de Epinal, nas montanhas de Vosges.

No momento que escrevemos o contador do Worldometer apontava que só no ano de 2022 no mundo foram assassinadas 40.889.735 crianças pelo aborto e o número aumentava a cada segundo, na velocidade monstruosa de aproximadamente 125.000 por dia. https://www.worldometers.info/abortions/

Só nos EUA desde a famigerada decisão Roe vs Wade de 1973, recentemente abolida, segundo a Foxnews, foram abortadas por volta de 63 milhões de crianças.

Para comparar, na I Guerra Mundial, segundo o acatado Centre européen Robert Schuman, faleceram por volta de 20 milhões de pessoas e 21 milhões ficaram feridas.

“O aborto matou mais pessoas em todo o mundo do que a Grande Guerra”, disse o sacerdote, acrescentando que os políticos franceses deveriam “tomar medidas corajosas” para defender a natalidade.

As declarações do Pe. Schneider coincidem com a feroz tentativa de tornar o aborto um “direito humano” incluído na Constituição da França. A cruel, uma medida foi apresentada pelo partido do presidente Macron e está sendo debatida na Assembleia.

O espantoso é que o partido Rassemblement National que atrai votos se exibindo como de direita ou extrema-direita de Marine Le Pen votou majoritariamente em favor da iníqua proposta.

Outro projeto de lei com o mesmo objetivo, que inclui “os direitos dos transexuais” foi apresentado pelo partido de extrema-esquerda A França Insubmissa. É coerente que uma coalizão comunista faça essa cruel proposta.

Tal concordância se explica pelo fato que os dois partidos, um da extrema direita e o outro da extrema esquerda, são explícitos aliados do ditador russo Vladimir Putin que está massacrando civis, idosos, mulheres e crianças na Ucrânia, e recebem grossos financiamentos dele.

Ambos os textos passarão pelo processo legislativo. O próprio presidente Macron que banca de centrista sugeriu que o “direito” ao aborto fosse incluído na carta europeia dos direitos humanos.

A veraz reflexão do Pe. Schneider ao aborto foi reproduzida na imprensa local e nas redes sociais por pessoas que ouviram seu sermão, criando “comoção” entre os postuladores da matança de inocentes.

O deputado de Vosges pelo partido de Macron, David Valence, chamou os comentários do padre de “vergonhosos” no Twitter, acrescentando que eram “evidência de uma aberração completa” de sua parte. Tal vez o deputado estava se olhando no espelho enquanto escrevia essa verdadeira “aberração completa” contra o bom sacerdote.

Mas o auge do espanto aconteceu quando o site da diocese (chefiada pelo bispo Didier Berthet que tem graves problemas de saúde, e administrada pelo bispo Denis Jachiet, que preside a diocese vizinha de Belfort-Montbéliard), publicou um comunicado condenando ao sacerdote defensor do básico Mandamento de “Não matar”.

Sem palavras.