Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
sábado, 24 de dezembro de 2022
Feliz Natal e abençoado Ano Novo !
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
Cardeal Duka: “devemos lutar como na época do Concílio de Trento”
Cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O Cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga, defendeu taxativamente que “não há religião sem celibato” em entrevista ao Die Tagespost e reafirmou que não acredita que a admissão de mulheres ao sacerdócio possa resolver o problema da falta de vocações, citado por “Religión Digital”.
Observou que enquanto em seu país, a República Tcheca, médicos, advogados e psicólogos se manifestaram contra essa proposta, os teólogos não reagem como cristãos “corajosos”, mas como homens “acovardados” pela moda.
O Cardeal Duka tampouco acredita no valor dos apelos para democratizar a Igreja.
Em sua opinião, até o próprio o conceito de democracia hoje falsifica em seus fundamentos o conceito clássico original da democracia surgido na Grécia antiga.
Por isso, alertou, que a Igreja não muda com reformas políticas no papel, mas com a virtude dos santos. “Foram os homens e mulheres da época que renovaram a Igreja. também precisamos de homens e mulheres assim.”
E deixou bem claro a quem se referia dizendo: “Devemos voltar a lutar por nossa Civilização Cristã como fizemos no século XVI, na época do Concílio de Trento”.
Nessa perspectiva, o purpurado checo criticou respeitosa mas firmemente o papel que Roma está desempenhando no confronto cultural declarado contra a Igreja.
Segundo ele, o pontificado do Papa Francisco está “mais do que nunca preocupado com problemas técnicos e ecológicos”, para os quais não tem competência.
“Só podemos julgar as questões teológicas e éticas”, esclareceu sobre a missão que Jesus Cristo ordenou à Igreja e às suas autoridades, e não outras.
O Cardeal sustentou também firmemente que a “ideologia de gênero” é um grande perigo para a sociedade.
Ela faz parte de uma agressiva “revolução cultural” que procura a “destruição total de nossa identidade humana desde o início da concepção”.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Por amor ao Evangelho, Cardeal Müller pede ao Papa que condene os “casamentos” LGBT
O Cardeal Müller pediu ao Papa que por amor ao Evangelho condene a agenda LGBT. Mas não foi ouvido. |
Luis Dufaur
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O cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, pediu ao Papa Francisco que corrija os clérigos alemães que tentam abençoar as uniões do mesmo sexo, ou as encorajam, segundo registrou a Agência Católica de Noticias ligada a EWTN.
“Pelo bem da verdade do Evangelho e da unidade da Igreja, disse,
“Roma não deve ficar em silêncio, esperando que os alemães possam ser pacificados com sutileza tática e pequenas concessões.
“Precisamos de uma declaração clara de princípios com consequências práticas para que o remanescente da Igreja Católica na Alemanha não se desintegre, com consequências devastadoras para a Igreja universal.
“O que estamos testemunhando é a negação herética da fé católica no sacramento do casamento”.
O Cardeal Müller lembrou que a Igreja de Roma tem primazia não tanto “por causa das prerrogativas da Cátedra de Pedro”, e certamente não como se seu “ocupante pudesse fazer o que bem entender”, mas principalmente “por causa do grave dever do papa, que lhe foi designado por Cristo, para guardar a unidade da igreja universal na fé revelada”.
Falando dos protestos orquestrados por padres e bispos na Alemanha em 10 de maio para abençoar casais do mesmo sexo e o ímpeto teológico por trás disso, ele disse que a diferença entre homens e mulheres expressa a vontade de Deus na criação.
O ex-prefeito da CDF chamou de “blasfêmia teologicamente falando” a “encenação de pseudobênçãos de casais homossexuais masculinos ou femininos”, citando as epístolas paulinas e joaninas, Gênesis, São Tomás de Aquino e Lumen gentium, a constituição dogmática do Vaticano II sobre a Igreja.
A bênção nupcial “não pode ser separada de sua conexão específica com o sacramento do matrimônio e aplicada a uniões não casadas ou, pior, mal utilizada para justificar uniões pecaminosas”, escreveu o cardeal Müller.
O denominado 'Sínodo alemão' virou
uma assembleia revolucionária para aprovar a agenda LGBT
“A declaração da Congregação para a Doutrina da Fé em 22 de fevereiro simplesmente expressou que a Igreja não tem autoridade para abençoar uniões de pessoas do mesmo sexo”, disse ele. disse.
“Esses bispos e teólogos alemães tratam o povo como tolos; eles alegam ter um conhecimento exegético secreto que lhes permite interpretar versículos da Sagrada Escritura que condenam algo contrário à natureza como de alguma forma compatível com a afirmação de uniões do mesmo sexo”, prosseguiu.
Que bispos e teólogos estão insistindo na urgência de abençoar casais do mesmo sexo “é inacreditável”, comentou ele.
“Este fato mostra o quão baixo desceu o lençol freático dogmático, moral e litúrgico.”
A tentativa de bênção de casais do mesmo sexo é uma negação do sacramento do casamento, disse ainda.
E alertou para “uma nova paganização que é apenas levemente disfarçada sob roupas litúrgicas cristãs”.
A 'via sinodal' democrática e revolucionária blasfema contra a Igreja, diz o Cardeal Muller |
A tentativa de abençoar as uniões do mesmo sexo põe em questão tanto a primazia petrina quanto “a autoridade da própria revelação de Deus”, disse ele.
“O que há de novo nesta teologia que retorna ao paganismo é sua insistência impertinente em se autodenominar católica. (...) Hoje nos dizem que reduzir as emissões de CO2 é mais importante do que evitar os pecados capitais que nos separam de Deus para sempre”.
A advertência do cardeal veio pouco antes de o arcebispo Samuel Aquila, de Denver, escrever uma carta aberta aos bispos do mundo sobre as visões “insustentáveis” da Igreja Católica apresentadas pelos bispos alemães.
O arcebispo Aquila advertiu que o primeiro texto da Igreja no caminho sinodal da Alemanha minimiza a Igreja como instrumento de salvação de Deus e ignora as tensões entre a missão da Igreja e as atitudes mundanas.
quarta-feira, 3 de agosto de 2022
Basílica Vaticana: comunhão sacrílega para ativista do massacre dos inocentes
Nancy Pelosi pregadora da cultura da morte dos inocentes |
Luis Dufaur
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A ardida militante pelo massacre dos inocentes, a deputada democrata e porta-voz de seu partido no Congresso americano Nancy Pelosi comungou durante uma missa presidida pelo Papa Francisco desde um troneto.
A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA fora proibida de receber a comunhão na arquidiocese por seu apoio declarado ao direito ao aborto, por Mons. Salvatore Cordileone, arcebispo de São Francisco, diocese de origem de Pelosi, lembrou o site progressista “Crux”.
Pelosi foi admitida à liturgia da festa de São Pedro e São Paulo na Basílica de São Pedro.
Um dos sacerdotes celebrantes no lugar do Papa Francisco com problemas no joelho, lhe deu a Eucaristia como se São Paulo não tivesse ensinado “aquele que come e bebe sem discernir o Corpo come e bebe sua própria condenação” (1Cor 11,27-29).
O arcebispo de São Francisco, Mons. Cordileone comunicou sua decisão de impedi-la de receber a comunhão escrevendo:
“Depois de inúmeras tentativas de falar com ela para ajudá-la a entender o grave mal que está cometendo, o escândalo que está causando e o perigo alma que ela está arriscando, eu determinei que chegou ao ponto em que eu devo fazer uma declaração de que ela não é admitida na Sagrada Comunhão a menos e até que ela repudie publicamente seu apoio aos 'direitos' ao aborto e confesse e receba a absolvição por sua cooperação em este mal no sacramento da penitência”.
Papa Francisco e Nancy Pelosi previamente à comunhão sacrílega na missa de São Pedro e São Paulo, na Basílica Vaticana |
“Respeito a opinião das pessoas sobre isso. Mas eu não respeito a gente impingindo isso aos outros. Nosso arcebispo tem sido veementemente contra os direitos LGBTQ. Na verdade, ele liderou uma iniciativa nas urnas na Califórnia.”
Pelosi também disse que as mulheres e as famílias precisam saber que isso é mais do que aborto: “Essas mesmas pessoas são contra a contracepção, o planejamento familiar, a fertilização in vitro. É uma coisa geral e eles usam o aborto como a proa para isso.”
Bispos dos EUA apoiaram publicamente a decisão de Dom Cordileone e outros estenderam a proibição de Pelosi receber a comunhão em suas dioceses.
Então, nenhum deles foi escolhido pelo Papa para cardeal no próximo consistório, considerando que o próprio arcebispo de São Francisco, tradicionalmente é elevado ao cardinalato.
Nancy Pelosi na missa São Pedro e São Paulo na basílica vaticana toma ares de inocência fingida |
O Papa Francisco em 2021, em seu retorno a Roma da Eslováquia chegou a dizer que a Eucaristia é para aqueles que estão “na comunidade” e os políticos que apoiam o aborto estão “fora da comunidade”.
Mas quando a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA reunida se inclinou a promover uma pastoral contra dar a comunhão a políticos abortistas.
Essa incluiria ao presidente Biden e à própria Pelosi.
Porém, o cardeal Luis Ladaria, chefe do escritório de doutrina do Vaticano, os dissuadiu dessa única pastoral canonicamente legítima pela vida alegando, como representante do Papa Francisco, que poderia ser “uma fonte de discórdia em vez de unidade dentro do episcopado e a maior igreja nos Estados Unidos”.
Pelosi se dirige à profanação |
Na Basílica de São Pedro, Pelosi foi recebida pelo Papa Francisco antes da missa e recebeu uma bênção, de acordo com um dos participantes da missa, acrescentou “Clarín”.
O presidente Joe Biden, outro católico que apoia o direito ao aborto, contou após uma audiência com Francisco no ano passado que o pontífice lhe disse para continuar recebendo o sacramento.
Mais tarde, Biden recebeu a comunhão durante uma missa em uma igreja em Roma que está sob a autoridade do papa, que também atua como bispo de Roma.
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Corrida a prohibir o aborto nos estados americanos
Kevin J. Stitt, governador de Oklahoma assina lei que proíbe o aborto |
Luis Dufaur
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Antes mesmo de a Suprema Corte de Justiça anular a sentença Roe vs Wade de 1973 que introduziu sub-repticiamente o aborto na Constituição americana, o estado de Oklahoma se adiantou e virou oficialmente o primer estado da União a proibir o aborto por fertilização. Seu governador, o republicano Kevin Stitt, sancionou a lei, informou “Yahoo”.
Ele mesmo disse que quer fazer do seu estado “o mais pela-vida”, ou seja, o mais anti-aborto do país.
Oklahoma conta com seus cidadãos e os convidou a tomar medidas legais contra qualquer pessoa suspeita de ter ajudado ou mesmo encorajado uma mulher a fazer um aborto.
No ano passado, o vizinho estado de Texas impediu os tribunais de bloquear sua lei estadual que veta o aborto. Passou por cima da sentença Roe vs Wade estabelecida pela Suprema Corte em 1973 e que ainda vigorava nesse momento.
A forte ânsia dos parlamentos estaduais em legislar contra esse crime que inclui vinte e seis estados conservadores, mais da metade do país, fez que o Tribunal Supremo de Iowa emitisse sentença definindo que não há o direito ao aborto na Constituição do estado. Também antes mesmo do Tribunal Supremo anule Roe.
A lei do Iowa garantia que os centros de aborto dessem às mulheres oportunidade de ver a seus bebês não nascidos numa ecografia e escutar a pulsação do coração de seu bebe pelo menos 24 horas antes do aborto. Essa constatação fazia muitas mulheres desistir do hediondo crime.
A governadora de Iowa, Kim Reynolds, assina os planos mais restritivos do aborto no país |
Iowa também exigia que os centros de aborto fornecessem informações sobre os recursos disponíveis para a criação e a adoção, e que confirmem por escrito que as mulheres foram notificadas.
A disputa estava acirrada entre o Tribunal Supremo de Iowa e a governadora Kim Reynolds e mais 60 legisladores estaduais pela vida.
Agora ficou encerrada a discussão, devendo a Corte Suprema de Iowa anular suas decisões e declarando que o direito ao aborto não está na constituição do estado e tampouco na lei federal superior.
Wisconsin tinha uma lei de 1849 proibindo o crime em todo o estado que voltou a entrar em vigor logo após a nova sentença da Corte Suprema. Os representantes do Partido Democrata tentaram derogar essa lei, mas foram impedidos.
O estado de Indiana baniu o aborto totalmente a partir do 15 de setembro 2022.
Em Dakota do Sul só ficava uma clínica de aborto, e em Minnesota não há nenhum médico disposto a fazê-lo, graças a Deus.
Por sua vez, a Planned Parenthood, o gigante do genocídio do aborto anunciou que não praticará mais esse assassinato a partir do 25 de junho, noticiou “Infocatólica”.
segunda-feira, 27 de junho de 2022
Suprema Corte dos EUA declara abolido o aborto. Isso rachará o país?
Militantes pela vida enfrentam partidários do aborto diante da Suprema Corte antes do anúncio |
Luis Dufaur
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A Suprema Corte dos Estados Unidos revogou a delcaração Roe vs Wade que há 50 anos legalizou o aborto, noticiou “The New York Times”, como aliás toda a imprensa internacional espavorida.
Todas as leis ou normas a todo nível que se apoiavam na delcaração Roe vs Wade ficaram sem fundamento na legislação.
O vazamento jogou fogo no crescente conflito cultural e moral que devora o país e pode pô-lo ao borde de um incêndio nacional com incalculáveis repercussões mundiais.
A decisão Roe vs Wade instituiu a massacre dos inocentes no maior e mais liberal país do mundo. E foi perverso pretexto ou inspiração para leis de aborto no mundo todo.
Invalidada aquela decisão, a disputa pelo aborto ficará com os legislativos estaduais, onde a oposição é intrincada e até furiosa há anos.
Assim sendo, a maioria das leis de aborto parece felizmente destinada à ilegalização em pelo menos metade dos estados americanos.
De fato, em numerosos estados as formalidades legais aprovadas tornaram impraticável o crime de aborto sendo frequente a desaparição das clínicas da morte.
Prevaleceu a maioria conservadora de 6-3 na Corte, mas a vida política nacional e estadual virará campo para uma das questões mais controversas da vida pública americana.
Em breve, há um risco é de aprofundar a divisão do país já polarizada em dois blocos mutuamente hostis, em que um lado despreza o valor insondável da vida e o outro o defende.
Abortistas e anti-abortistas em disputa diante da Suprema Corte |
De início, rapidamente o presidente abortista Joe Biden anunciou um
projeto de lei e pediu votos para a eleição de meio termo para obter
deputados e senadores que o aprovem. Algo muito discutível pois os
legisladores preferem conservar sua cadeira e o aborto é um tema pelo
qual podem perde-lha.
Como em outros países, os legisladores não querem perder suas cadeiras e despejam as grandes decisões sobre os juízes. O resultado é uma politicagem feroz nos tribunais. Agora não poderão.
Acresce que nas eleições, quando está em jogo uma causa moral, diminuem as abstenções e aumentam os votos conservadores. O gesto do Biden teve muita repercussão na mídia mas pode ter sido tolo.
A Suprema Corte exibia um rosto ativista libertário quando esgrimiu tortos sofismas para aprovar o aborto em 1973. Porém, o rosto de hoje é do oposto conservador.
Em boa medida a Corte não pode ir contra a opinião pública que está dividida em duas partes irredutíveis. O que fazer para as esquerdas?
Para “The Economist” procurar uma saída conciliadora ou exercer a moderação será tido como intolerável por alguma das partes em luta e o Tribunal poderá perder sua capacidade de resolver disputas pacificamente.
Abolindo como fizeram, o crime do aborto os juízes enfrentarão uma pressão política esquerdista crescente.
Todos os candidatos presidenciais democratas, em geral favoráveis ao aborto, serão interpelados para pressionar a Suprema Corte. Pressão oposta virá do lado republicano contrário e o Tribunal que deve garantir o equilíbrio constitucional terá seu futuro hipotecado a uma tempestade ideológica.
Caindo a resolução Roe vs Wade as divisões dos EUA em estados conservadores e democratas se aprofundarão porque o sistema federal dá liberdade para cada um redigir suas próprias leis.
Leis estaduais em extremo divergentes poderão opor a Califórnia ao Texas por exemplo e as minorias nesses estados se sentiriam atropeladas.
Estados vizinhos divergentes em pontos hipersensíveis dificilmente poderiam coexistir e se unir num esforço nacional quando as circunstâncias o requererem.
E a coluna material que sustenta o mundo ocidental poderia se rachar em inúmeras partes pondo em dúvida a coesão do futuro do mundo atual.
Isso é o custo de uma decisão imoral que levou a vida de milhões de crianças em gestação.
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Disney World defende agenda LGBT e perde status na Florida
Governador DeSantis aprovou lei defensora dos direitos parentais enfrentando a oposição de Disney |
Luis Dufaur
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O estado de Florida cancelou o status que favorecia o parque de diversões Disney World. A causa é que esse se posicionou politicamente contra a lei estadual moralizadora e anti-agenda LGBT “Don't Say Gay”, noticiou a BFMTV.
O gigantesco parque de diversões Disney World pesa muito na economia do estado. Mas acha que com seu dinheiro pode desafiar a legislatura estadual. A bilionária multinacional milita por bandeiras progressistas extrapolando seu estatuto legal não-político.
O CEO da Disney Bob Chapek já se tinha manifestado publicamente contra uma lei que proíbe o ensino nas escolas de temas de orientação sexual e de igualdade de gênero. A lei é apelidada “Não diga gay”.
As duas casas do Parlamento da capital Tallahassee, onde há maioria republicana, votaram a favor do projeto.
Disney World, parque de diversões perto de Orlando, tem um status especial da década de 1960 que lhe concede grande autonomia e a isenta da maioria das regulamentações estaduais.
O CEO Bob Chapek relutava em se posicionar sobre a lei, mas funcionários do grupo e manifestaram contra essa “apatia” e levaram o CEO a se declarar contra a lei. Mas, agora são mais fortes as críticas moralizadoras.
Atolado nessa polêmica, o gigante viu seu título cair na bolsa até o menor nível em meses.
“A Disney não está dizendo uma palavra sobre ditadura na China porque custaria bilhões de dólares.
Bob Chapek, CEO da Disney, jogou o peso econômico pela agenda LGBT e perdeu.
“Mas não tem problema em usar seu poder corporativo para mentir sobre leis democraticamente aprovadas por legisladores na Flórida”, declarou o senador Marco Rubio.
E o deputado Randy Fine, que visa limitar a isenção da Disney World, lembrou que a Disney é apenas um “convidado” na Flórida.
Ron DeSantis, governador da Flórida, alertou a Disney que não toleraria suas ameaças pela aprovação de uma lei que impede a doutrinação LGBT em aulas de pré-escola e até a terceira série no estado, noticiou Infocatólica.
O CEO da Disney World, Bob Chapek, afirmou que a lei “nunca deveria ter sido aprovada” e declarou que o objetivo da empresa é que ela seja “revogada pelo legislativo ou anulada na Justiça”.
Ao mesmo tempo, ele se desculpou pela empresa manter silêncio e optar por fazer campanha contra a lei “nos bastidores”.
O governador De Santis já havia sido claro com as empresas que brincam de entrar na política em favor de certas ideologias. Então ele disse:
Militantes LGBT se identificaram com a Disney World
“Se você está em uma dessas corporações, se você é o CEO de uma empresa acordada e quer se envolver em nosso negócio legislativo, veja, é um país livre.
“Mas entenda, se você fizer isso, eu vou lutar com você. E vou garantir que as pessoas entendam os limites de suas práticas de negócios e qualquer coisa que eu não goste do que você está fazendo”.
Legislativo de Louisiana aprovou lei semelhante à de Florida |
Com esse status especial, aprovado em 1967, a empresa economizou centenas de milhões de dólares em impostos e adquiriu uma capacidade de pressão que extrapola de sua natureza econômica.
A proposta legislativa foi adiante com 23 votos a favor e 16 contra.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Arcebispo africano: “a atividade homossexual é intrínsecamente desordenada”
Mons Charles Gabriel Palmer-Buckle, arcebispo de Cape Coast |
Luis Dufaur
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O Arcebispo Metropolitano de Cape Coast, arquidiocese localizada no sul de Gana, Mons. Charles Gabriel Angela Palmer-Buckle, destacou a oposição da Igreja Católica do país às atividades homossexuais, classificando-as como desordenadas, relata Ghanaweb ecoada por Infovaticana.
O arcebispo compareceu ante o Comitê de Assuntos Constitucionais e Legais do Parlamento para defender o apoio da Igreja Católica a um polêmico projeto de lei anti-LGBT, o Arcebispo de Cape Coast.
Na ocasião disse que a Igreja em geral apoia fortemente o projeto de lei que visa proibir a homossexualidade e suas atividades relacionadas em Gana.
O prelado defendeu que o Parlamento deve acolher positivamente as aspirações soberanas da população ganense, que, em geral, é contra as atividades homossexuais.
“A generalidade do projeto de lei que apoiamos fortemente é que a atividade homossexual é intrinsecamente desordenada”, declarou na sessão.
“E, portanto, se for inerentemente desordenado, de acordo com nossas crenças cristãs, nossas crenças islâmicas, nossas crenças religiosas tradicionais, etc...., vocês, nossos legisladores em quem nós votamos; têm a responsabilidade de elaborar o projeto de lei que responda às nossas aspirações soberanas. E acredito que essa é a base da qual nós e vocês não devemos fugir”, afirmou.
Sobre a necessidade de o Parlamento cumprir adequadamente seu dever e ajustar o projeto de lei à vontade popular, Mons. Palmer-Buckle disse que “um projeto de lei foi submetido ao Parlamento e acho que seu papel é examinar o projeto. E rejeitar os excessos ou falhas que possa haver nele”, acrescentou.
Mons Charles Gabriel Palmer-Buckle, arcebispo de Cape Coast |
Sexo entre homossexuais já é punível com até três anos de prisão em Gana, embora ninguém seja processado há anos, diz a Agência Reuters.
O novo projeto iria além, alongando as penas de prisão e forçando alguns a se submeterem à terapia de conversão, práticas destinadas a corrigir as tendências homossexuais em uma pessoa.
Também criminalizaria a promoção e o financiamento de atividades LGBT, bem como a manifestação pública de “afeto” entre pessoas do mesmo sexo e o travestismo.