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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Pelo quinto ano consecutivo, caíram os nascimentos no Brasil, atingindo o menor índice desde 1976, segundo o IBGE.
A tendência do País é de envelhecimento pois em 2023 foram registrados 2,5 milhões de nascimentos, com um recuo de 0,7% ante o ano anterior com tendencia a piorar.
A queda foi em todas as regiões com exceção do Centro-Oeste, de Tocantins e Goiás.
Em menos de duas décadas, o Brasil terá crescimento negativo com mais mortes que nascimentos e o País deixará o grupo das dez nações mais populosas (hoje é a 7ª).
A taxa de fecundidade ficou abaixo do nível de reposição e recuou o total de mulheres em fase reprodutiva noticiou “O Estado de S.Paulo”. https://www.estadao.com.br/brasil/n-de-nascimentos-no-brasil-cai-pelo-5-ano-o-que-isso-diz-sobre-o-futuro-da-economia/
Há redução expressiva de adolescentes (menos de 19 anos) que se tornam mães (de 20,9% para 11,8%), embora a gravidez precoce ainda seja um problema em regiões mais pobres do País.
Conforme cálculos anteriores do próprio IBGE, a população terá seu ápice em 2041 - serão 220 milhões de habitantes. Depois, ela começa a diminuir, atingindo a 199 milhões até 2070.
O envelhecimento da população é uma tendência que já vem sendo registrada pelo IBGE há décadas e, deverá estar consolidada nacionalmente em duas décadas.
Isso evidencia a tendência do fim do bônus demográfico (quando a proporção de jovens, a população economicamente ativa, é maior do que a de idosos e crianças, elevando a chance de o País elevar o seu Produto Interno Bruto, o PIB).
O período de bônus demográfico começou há cerca de 50 anos e começa a perder seus efeitos antes mesmo de 2030, quando a maior parcela da população já será de idosos.
O ritmo de expansão de gastos com aposentados, por exemplo, segue trajetória de alta. O Tesouro Nacional projeta que, no parâmetro atual, o déficit previdenciário crescerá e a necessidade de financiamento subirá de 2,68% do PIB neste ano para 11,61% em 2100.
Além da pressão sobre as despesas públicas, o envelhecimento da população contribui para maiores gastos das famílias. Entre as demandas, estão cuidadores de idosos e remédios.
Os argumentos econômicos são relevantes, mas nem de longe os mais importantes. O fenômeno tem uma dimensão moral e religiosa ligada ao abandono da Lei de Deus e dos ensinamentos da Igreja para os progenitores.
Esta recusa da Lei de Deus faz temer os piores castigos.