segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Nascimentos no Brasil caem pelo 5º ano consecutivo

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Pelo quinto ano consecutivo, caíram os nascimentos no Brasil, atingindo o menor índice desde 1976, segundo o IBGE.

A tendência do País é de envelhecimento pois em 2023 foram registrados 2,5 milhões de nascimentos, com um recuo de 0,7% ante o ano anterior com tendencia a piorar.

A queda foi em todas as regiões com exceção do Centro-Oeste, de Tocantins e Goiás.

Em menos de duas décadas, o Brasil terá crescimento negativo com mais mortes que nascimentos e o País deixará o grupo das dez nações mais populosas (hoje é a 7ª).

A taxa de fecundidade ficou abaixo do nível de reposição e recuou o total de mulheres em fase reprodutiva noticiou “O Estado de S.Paulo”. https://www.estadao.com.br/brasil/n-de-nascimentos-no-brasil-cai-pelo-5-ano-o-que-isso-diz-sobre-o-futuro-da-economia/

Há redução expressiva de adolescentes (menos de 19 anos) que se tornam mães (de 20,9% para 11,8%), embora a gravidez precoce ainda seja um problema em regiões mais pobres do País.

Conforme cálculos anteriores do próprio IBGE, a população terá seu ápice em 2041 - serão 220 milhões de habitantes. Depois, ela começa a diminuir, atingindo a 199 milhões até 2070.

O envelhecimento da população é uma tendência que já vem sendo registrada pelo IBGE há décadas e, deverá estar consolidada nacionalmente em duas décadas.

Isso evidencia a tendência do fim do bônus demográfico (quando a proporção de jovens, a população economicamente ativa, é maior do que a de idosos e crianças, elevando a chance de o País elevar o seu Produto Interno Bruto, o PIB).

O período de bônus demográfico começou há cerca de 50 anos e começa a perder seus efeitos antes mesmo de 2030, quando a maior parcela da população já será de idosos.

O ritmo de expansão de gastos com aposentados, por exemplo, segue trajetória de alta. O Tesouro Nacional projeta que, no parâmetro atual, o déficit previdenciário crescerá e a necessidade de financiamento subirá de 2,68% do PIB neste ano para 11,61% em 2100.

Além da pressão sobre as despesas públicas, o envelhecimento da população contribui para maiores gastos das famílias. Entre as demandas, estão cuidadores de idosos e remédios.

Os argumentos econômicos são relevantes, mas nem de longe os mais importantes. O fenômeno tem uma dimensão moral e religiosa ligada ao abandono da Lei de Deus e dos ensinamentos da Igreja para os progenitores.

Esta recusa da Lei de Deus faz temer os piores castigos.