Natal em família |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Fundar uma família e viver rodeado de pessoas amadas e que nos amam é a essência da realização pessoal para 26% (primeiro ponto) e 23% (segundo) dos franceses, segundo enquete da conceituada empresa Harris, noticiou “Le Fígaro” de Paris. As percentagens são cumulativas atingindo quase 50%.
No que é que consiste o sucesso na vida?
Em fazer uma carreira brilhante?
Em achar um trabalho apaixonante?
Em ter uma conta bancária bem polpuda?
Nada disso.
A família e os amigos são os principais critérios de uma vida bem sucedida para um francês de cada dois.
Fundar uma família e viver rodeado de pessoas amadas e que nos amam é a essência da realização pessoal para mais de 49% dos franceses segundo o inquérito de numa base de 1501 franceses com 18 anos ou mais.
O sucesso tipo artista de cinema ou esportista da capa dos jornais jamais foi bem considerado numa França que contra todas as aparências continua subconscientemente impregnada pela mentalidade católica e que desconfia do dinheiro.
Só 12% dos consultados põe na frente ganhar bem e só 5% acha que o amor pela profissão seja uma medida da realização.
A vida profissional só é citada para dizer que deve estar a serviço da vida familiar. O equilíbrio entre as duas é muito prezado por 18% dos consultados.
São muitos os franceses que acham que seus ordenados não são equitativos em relação a seu engajamento e que não recebem o reconhecimento que merecem.
Porém, a família é o refúgio tranquilizador nos tempos de crise malgrado aos indagadores nunca lhes ter ocorrido “considera-la como um critério de realização pessoal”, registrou Jean-Daniel Lévy, diretor do setor de política e opinião de Harris Interactive.
“Fazer carreira” é fonte de ansiedade e de críticas à vida profissional. “Isso explica os desejos de trocar por empregos aparentemente menos prometedores e menos remuneradores”.
Essa tendência põe no primeiro lugar a felicidade familiar, sobre tudo entre aqueles que já conseguiram reunir um certo pecúlio.
A propriedade privada vem logo a seguir, sobre tudo do lar. “O trabalho não é o ambiente onde as pessoas se sentem melhor interpretadas”, explica o sociólogo François de Singly.
“Após a ruptura de Maio 68, achava-se que a família tinha perdido sua centralidade, mas o fato é que ela triunfa hoje como o lugar privilegiado para as pessoas se expandirem como gostariam”.
Do ponto de vista econômico, a preocupação dominante é ganhar o necessário para viver, segundo 80% dos consultados.
Mas do ponto de vista das posses, o mais prezado é possuir o próprio lar. Essa posse é valorada como o símbolo de ter atingido um patrimônio financeiro importante, muito mais do que qualquer outro.
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