A Conferência Episcopal Alemã vai obrigar os sacerdotes a cometer sacrilégio? |
A publicação da Exortação Apostólica “Amoris Laetitia” levou a maioria dos sacerdotes e teólogos considerados conservadores a tratar da seguinte questão: apresenta este documento uma ruptura com a tradição e com o Magistério católico?
A opinião dominante é que nada teria mudado e que o Papa Francisco não quis modificar nada na doutrina da Igreja no que se refere ao matrimônio e à moral sexual.
Igualmente não teria havido qualquer mudança no que diz respeito à questão da admissão dos católicos recasados à comunhão.
Essa avaliação da “Amoris Laetitia” está em contraste com as declarações de diversas Conferências Episcopais, bem como de altos Prelados, como o Cardeal Walter Kasper. Íntimo confidente do Papa, ele afirmou numa entrevista que Francisco teria aberto as portas para a comunhão de divorciados recasados.
Por isso mesmo, causa espanto que nenhum representante do assim chamado “campo conservador” tenha levantado a questão sobre o que acontecerá se os sacerdotes forem obrigados pelos bispos alemães a admitir divorciados recasados à comunhão, contrariando assim sua consciência formada pelo Magistério católico.
Cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal Alemã. |
Essa possibilidade não é tão esdrúxula. Imediatamente após a publicação de “Amoris Laetitia”, a Conferência Episcopal Alemã saiu com a seguinte declaração:
“Esta posição tem, em princípio, amplas consequências no trato pastoral com os divorciados recasados.
Não basta, ao proferir uma sentença, simplesmente verificar que uma segunda união civil está em oposição com o primeiro casamento sacramental e, com isso, em oposição com a norma objetiva.
Antes é necessário considerar em cada caso individual a situação especial em que vivem os concernidos. Em face dessas considerações, é lógico que o Papa não dê uma regra geral para a admissão dos divorciados recasados à comunhão sacramental.
Somente tendo em vista o histórico de vida e a realidade de cada um é que se pode esclarecer com as pessoas concernidas se e como existe culpa em sua situação que impeça a recepção da Eucaristia.
Assim, a questão da admissão aos sacramentos da reconciliação e da comunhão deve ser respondida sempre no contexto da biografia da pessoa e de seus esforços para levar uma vida cristã. A esses dois últimos aspectos refere-se o Papa explicitamente” (cfr. Notas de rodapé 336 e 351).
A Conferência Episcopal Alemã claramente não exclui emitir normas que deverão ser vinculantes.
Quanto à circunstância de que sacerdotes devem se orientar pelas normas dos respectivos Bispos, referiu-se também o Cardeal Lorenzo Baldisseri, por ocasião da apresentação da Exortação Apostólica no dia 8 de abril, em Roma.
“Amoris Laetitia” prevê igualmente medidas concretas:
“Por isso, um pastor não pode sentir-se satisfeito apenas aplicando leis morais àqueles que vivem em situações ‘irregulares’, como se fossem pedras que se atiram contra a vida das pessoas.
“É o caso dos corações fechados, que muitas vezes se escondem até por detrás dos ensinamentos da Igreja ‘para se sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas’” (§305)
Cardeal Rainer Woelki, arcebispo de Colônia. |
Eles poderiam naturalmente apelar a Roma, mas nada indica que receberiam de lá qualquer apoio. Após a publicação da Exortação Apostólica, o próprio Papa não deu nenhum sinal de que voltaria a se pronunciar sobre essa questão.
Numa entrevista, ele explicou que o Cardeal Schönborn havia interpretado corretamente a “Amoris Laetitia”.
Ora, o Cardeal de Viena pertence à ala que mais se engajou em prol da admissão à comunhão de divorciados recasados.
A tomada de posição nas últimas semanas de numerosos teólogos que excluem uma mudança na doutrina da Igreja de nada adiantará aos sacerdotes que veem a comunhão para os divorciados recasados como um sacrilégio.
Os sacerdotes fiéis estarão então diante da alternativa: ou cometer um sacrilégio ou resistir abertamente a seus bispos.
Como se não bastassem os abusos litúrgicos para aviltar a Eucaristia (cf. Ecclesia de Eucharistia n. 52), agora também querem profanar a Eucaristia com comunhões sacrílegas?! Meu Deus do céu, só podemos estar no fim dos tempos mesmo!!! Melhor seria que a Eucaristia cessasse de ser oferecida, se iniciando a chamada abominação da desolação, quando a Eucaristia não será mais oferecida. Assim pelo menos não haverão tantos abusos litúrgicos e sacrilégios!
ResponderExcluirSe parassem de oferecer a Missa o mundo não duraria 10 anos.
ExcluirPenso que aquilo que João Paulo II disse em relação aos abusos litúrgicos, podemos aplicar também a essa nova situação que surgiu, onde querem dar a comunhão aos divorciados recasados:
ResponderExcluir"A ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu carácter sagrado nem a sua dimensão universal." (Ecclesia de Eucharistia nº 52)
Infelizmente está se rasgando a Bíblia como fez Martinho Lutero. Lembre-se que Moisés admitiu o divórcio pela dureza dos corações. Agora, são o Auto Clero Papa Francisco e os Cardeais, Bispos marxistas que estão querendo rasgar e trair Jesus. Lembrem-se que em Marcos 10 ( 1-10) Jesus disse que o casamento é indissolúvel e ninguém pode ser mais sábio do que AQUELE QUE É DONO DE TUDO E DE TODOS. Que saudades tenho do Papa Emérito Bento XVI, tão sábio. O que se vê são os comunistas de mãos dada com o Vaticano e os Sacerdotes da Teologia da Libertação que querem a todo custo mudar a Palavra de Deus-Bíblia para satisfazer os governantes e àqueles que não obedeceram a Palavra de Deus.Ora, deveria a Igreja utilizar daquilo que já existem: Código Canônico. Bíblia e o Catecismo. Parece-me que o Clero quer satisfazer uma sociedade que está corrompida e estão fazendo com que as famílias se tornem líquidas.Voltemos a fazê-las sólidas; temente a Deus, cheias de fé e adoradores de Jesus. No caso está fazendo adoração à Satanás. Desculpe, peço perdão, mais estou contrariada de ver tantos Pastores amordaçados, especialmente os conservadores. Papa Francisco se for para afundar a família e permitir atitudes defendidos por Jesus e não mais pelo Clero é melhor excomungar todos os Sacerdotes da Alemanha e de que País for caso cometerem atos considerados ilícitos por Deus, Jesus e Maria Santíssima.
ResponderExcluirEsse blog me maltrata. Dói ler essas coisas, essa flexibilidade do que antes era rígido, esse liberalismo sobre o certo e o errado! Só rezando mesmo.
ResponderExcluir