quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Nossa Senhora de luto pelo aborto. Milhares nas ruas de Sevilha rechaçam congresso abortista



A confraria religiosa de San Benito decidiu revestir de rigoroso luto a venerada imagem de Nossa Senhora da Encarnação (slideshow acima) durante o IX Congresso da Federação Internacional de Profissionais do Aborto e da Contracepção (Fiapac) realizado em Sevilha.

Até o arcebispo da cidade D. Juan José Asenjo escreveu uma Carta Pastoral sobre o caso e a enviou às numerosas e influentes irmandades da cidade.

Clima distendido e alegre
De fato, o congresso beirou na provocação. Na Espanha, imensos setores da população consideram-se agredidos pela promoção do aborto impulsionada pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero.

Esse sentimento é particularmente vivo na cidade de Sevilha, onde o catolicismo ostenta uma vitalidade borbulhante.

O Congresso abortista tinha apoio e financiamento da Prefeitura da cidade e da Junta de Andalucía (equivalente a um Governo de Estado) entre outros.


O Congresso da Fiapac realizou-se no Hotel Meliá nos dias 21 a 23 de outubro com a presença de 600 pessoas vindas do mundo todo, sobre o tema “Aborto provocado: consolidar a qualidade e o acompanhamento”.

Guarda-costas foram contratados para impedir a entrada de qualquer profissional que não pertencesse aos grupos abortistas.
Protesto popular desagradou abortistas

De modo espontâneo, mães e avôs com suas crianças aproximaram-se do local para manifestar seu repúdio a dito Congresso.

Em 23 de outubro aconteceu a manifestação oficial de protesto diante do Hotel Meliá, com a participação de 10.000 pessoas, segundo os organizadores. Entre estes destacava-se “Hazte Oir” e mais 60 associações, algumas de Portugal e Irlanda.

A manifestação pela vida e contra o aborto teve um caráter festivo familiar com dominante presença de casais jovens e muitas crianças. A expansiva população sevilhana cantou diversos slogans pela vida e pela família como «Viva la vida» ou «Que canten los niños».

Defensores da vida vieram de vários países
Mas não faltaram sonoros epítetos como “Fuera asesinos!, Mafiosos!, Verdugos! e Matarifes!”. O pacífico evento encerrou-se sem ocorrências.

Os congressistas da morte tal vez acostumados a tratamento cinco estrelas por órgãos oficiais dos governos e da ONU se auto-declararam em pânico e se enclausuraram no hotel, como algum ditador populista já fizera na América Latina para fingir que estava sendo objeto de um “golpe de Estado”.

Acostumados a manipular a linguagem democrática subitamente viram-se rodeados pelo povo verdadeiro que está na essência da democracia. Modificaram então sua linguagem, e começaram a falar em acosso e ofensas aos militantes abortistas.

A polícia que garantia a segurança - aliás nunca ameaçada - tranqüilizou esses abortistas e apenas lhes recomendou não sair do hotel durante a manifestação, como é de bom senso nessas circunstâncias.

Mães e avós intimidaram militantes da morte
Os exageros e teatralizações dos ativistas pró-aborto provocado receberam eco e solidariedade de grupelhos da esquerda católica, como do site Redes cristianas.

Do outro lado, o grupo Derecho a Vivir (DAV) de Sevilha, declarou ao diário “El Imparcial” que “a sociedade sevilhana está rechaçando de maneira espontânea e individual um congresso abortista”.

Membros de Derecho a Vivir deram pacíficas mas expressivas “boas-vindas” aos congressistas da Fiapac com “cartazes e faixas”, sem que nenhum incidente fosse registrado.

Porém, a democracia só vale quando é em favor dos ativistas da morte que passaram a se sentir ameaçados por uma prática por eles largamente praticada para demolir a família e a vida.

Polícia garantiu a ordem e protegeu abortistas
“Hazte Oir” denunciou que o aspecto de “congresso científico” foi só um disfarce para o “negocio do aborto” respaldado pelo governo socialista.

“Hazte Oir” pediu que o dinheiro do governo seja aplicado em “programas de promoção integral da maternidade e ajuda à mulher embaraçada” e não no crime abominável do aborto provocado.

O enfrentamento cultural acontecido em Sevilha era previsível. A ofensiva abortista assumiu um grau de empáfia e agressividade que levantou a população espanhola.

As avançadas abortistas podem esperar reações populares de grande extensão. E Sevilha foi uma amostra.


Video: Sevilha diz NÃO a congresso abortista





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