
Postamos uma lembrança do tempo em que o autor das linhas era criança. Entretanto, é muito oportuna para o tempo de Natal.
Na festa de Natal, católicamente vivida, se concentram como em seu fulcro os aspectos mais maravilhosos que todos os contos podem conter.
Copiamos o post do blog "Luzes de Esperança".
Eis um artigo tocante sobre o Natal publicado num jornal que com freqüência vem carregado de notícias em sentido oposto:
MENINO, LÁ EM MINAS , eu tinha inveja dos católicos. Eu era protestante sem saber o que fosse isso.
Sabia que, pelo Natal, a gente armava árvores com flocos de algodão imitando neve que não sabíamos o que fosse. Já os católicos faziam presépios.

A contemplação de uma criancinha amansa o universo.
O Natal anuncia que o universo é o berço de uma criança.
Até os católicos mais humildes faziam um presépio.
As despidas salas de visita se transformavam em lugares sagrados.
As casas ficavam abertas para quem quisesse se juntar aos reis, pastores e bichos.
E nós, meninos, pés descalços, peregrinávamos de casa em casa, para ver a mesma cena repetida e beijar a fita.

Logo os brotos verdes começavam a aparecer. O cenário do nascimento do Menino Jesus tinha de ser verdejante.
Sobre os brotos verdes espalhávamos bichinhos de celulóide.
Naquele tempo ainda não havia plástico. Tigres, leões, bois, vacas, macacos, elefantes, girafas.
Sem saber, estávamos representando o sonho do profeta que anunciava o dia em que os leões haveriam de comer capim junto com os bois e as crianças haveriam de brincar com as serpentes venenosas.
A estrebaria, nós mesmos a fazíamos com bambus. E as figuras que faltavam, nós as completávamos artesanalmente com bonequinhos de argila.
Tinha também de haver um laguinho onde nadavam patos e cisnes, que se fazia com um pedaço de espelho quebrado.
Não importava que os patos fossem maiores que os elefantes. No mundo mágico tudo é possível. Era uma cena "naïve". Um presépio verdadeiro tem de ser infantil.

Éramos adoradores do Menino, juntamente com os bichos, as estrelas, os reis e os pastores.
Será que essa estória aconteceu de verdade? Foi daquele jeito descrito pelas escrituras sagradas?
As crianças sabem que isso é irrelevante. Elas ouvem a estória e a estória acontece de novo.
Não querem explicações. Não querem interpretações. A beleza da estória lhes basta.
O belo é verdadeiro. Os teólogos que fiquem longe do presépio. Suas interpretações complicam o mundo.
O presépio nos faz querer "voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiquíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Estamos encantados. Adivinhamos que somos de um outro mundo." (Octávio Paz )
Seria tão bom se os pais contassem essa estória para os seus filhos!"
E, acrescentamos nós do blog, como seria bom que os sacerdotes contassem essa estória para os fiéis nas igrejas!!!
Saudades dos presépios.Me faz lembrar de minha querida mãe
ResponderExcluirque todo ano, na sua simplicidade montava o seu presépio
num cantinho da casa implantando em nossos corações o amor,
a admiração pela sagrada família de Nazaré.Desde já votos de um
Feliz Natal aos envolvidos nesta missão de divulgar a mensagem
de Jesus Cristo!Abcs.G Galvão