Nas últimas quatro décadas a família brasileira sofreu séria erosão, informou “O Globo”. Nesta queda pesou a desnaturação do relacionamento interno na família foi marcada pelo igualitarismo e pelo espírito materialista.
Assim se depreende das palavras de Ana Saboia, chefe da Divisão de Indicadores Sociais do IBGE: “mudaram as relações sociais e familiares. A mulher passou a dividir a provisão da família. O tamanho do respeito dentro de casa passou pelo tamanho do contracheque”.
Tratou-se de uma verdadeira revolução que mudou as relações familiares nos últimos 40 anos. A entrada maciça da mulher no mercado de trabalho nos anos 80 foi uma das principais causas, segundo o diário carioca.
Em 1985, 33% das mulheres saiam do lar para trabalhar. A proporção hoje atinge 52% e continua em expansão. Obviamente, as crianças ficaram relegadas. Quando nos anos 70, o casal tinha em média 5,8 filhos, hoje tem menos dois filhos e o número prossegue em queda.
A degradação não está ligada à pobreza. Pelo contrário as estatísticas apontam um progresso econômico consistente no período analisado.
Para a “cultura da morte” esta decadência ainda é pouco. A socióloga Elisabete Dória Bilac, pesquisadora do Núcleo de Estudos Populacionais da Unicamp, pediu mais do fator mais dinâmico no dano a família: igualitarismo. “Não temos absolutamente equidade de gênero, mas avançamos muito”, disse ela.
Os casamentos, praticamente indissolúveis pela benéfica influência da Igreja, foram se desfazendo. A proporção de mulheres casadas caiu de 60% em 1970 para 45% em 2000.
O “recasamento” está corrigindo os números, mas não conserta as feridas afetivas e não dá ao lar a legitimidade moral e religiosa do casamento indissolúvel.
A sensação de solidão e abandono lateja nos números de mulheres que sozinhas chefiam uma família: 18% em 1991, em 2007, eram 33%.
Mas, segundo a reportagem de “O Globo” a agentes da degradação familiar querem mais igualdade que só será exeqüível com uma maior intromissão das leis do Estado dentro da vida do lar.
A grande solução para o problema está na reconstituição do tecido familiar sob o bafejo doce e sobrenatural da Igreja, mas esta entrou no misterioso “processo de autodemolição” apontado por S.S. Paulo VI.
Este, em pelo menos o caso de numerosos eclesiásticos, contribui e até estimulou a o esfacelamento dos lares, da fidelidade conjugal, do amor a prole com a conseqüente frustração moral e afetiva e aumento de crises psicológicas.
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